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Vamos falar sobre primeiros socorros?

Todo mundo corre risco de sofrer algum tipo de acidente. Por isso é preciso saber o que fazer nesses casos

04 de Julho de 2021 às 00:01
Os alunos maiores aprenderam até noções práticas de massagem cardíaca em um boneco. Isso porque, quando bem instruída, até uma criança pode ajudar a salvar vidas.
Os alunos maiores aprenderam até noções práticas de massagem cardíaca em um boneco. Isso porque, quando bem instruída, até uma criança pode ajudar a salvar vidas. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Quando acontece um acidente, você sabe para qual número deve ligar solicitando atendimento de urgência? Se você pensou no 192, acertou em cheio. Esse é o telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realiza os primeiros socorros em acidentes domésticos, de trânsito e até em ambiente escolar. É importante guardar e decorar esse número, já que nunca sabemos quando uma situação de emergência pode ocorrer. Afinal, ela pode acontecer com qualquer pessoa e em diferentes situações, como cair da bicicleta e bater a cabeça muito forte, engasgar com algum alimento e em casos de choque elétrico e queimadura. Mas, para evitar que esses acidentes aconteçam, é importante tomar alguns cuidados. Foi isso que os alunos do Colégio Bela Alvorada, de Votorantim, aprenderam com a visita do projeto “Samuzinho na Escola”.

Durante as atividades, os estudantes puderam acompanhar a simulação de um atendimento do Samu. - FÁBIO ROGÉRIO
Durante as atividades, os estudantes puderam acompanhar a simulação de um atendimento do Samu. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Com teatro de fantoches, palestra e contação de histórias, as apresentações foram voltadas para alunos entre 4 e 14 anos de idade. Realizado pelo Samu, o objetivo do projeto é ensinar, de forma lúdica, noções de primeiros socorros e prevenção de acidentes domésticos e em ambiente escolar. Seguindo todos os protocolos de higiene e distanciamento por conta da pandemia da Covid-19, no fim de junho os estudantes do colégio contaram com uma programação recheada de atividades do “Samuzinho na Escola”. Os alunos maiores aprenderam até noções práticas de massagem cardíaca em um boneco. Isso porque, quando bem instruída, até uma criança pode ajudar a salvar vidas.

Aprendendo na prática

"Foi uma experiência legal, gostei muito", disse Lara. - FÁBIO ROGÉRIO
"Foi uma experiência legal, gostei muito", disse Lara. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Durante as atividades, os estudantes puderam acompanhar a simulação de um atendimento do Samu. E quem participou foi a estudante Lara Adriane Marinani, de 12 anos, que está no 7º ano do ensino fundamental 2. Na ocasião, a menina simulou que havia caído da bicicleta e fraturado a fíbula, um osso da perna. Foi quando a equipe do Samu entrou em ação. Rapidamente, enfermeiras e condutores da ambulância imobilizaram a perna da menina com uma tala e a colocaram na maca. “Foi uma experiência legal, gostei muito. É importante ter esse contato desde pequeno. Se acontecer alguma emergência, já sei como funciona e o que fazer antes do Samu chegar. Posso ajudar a salvar uma vida”, contou Lara, que pretende seguir na área da saúde quando crescer, para trabalhar no Samu.

Conforme Davi, as atividades foram muito importantes. - FÁBIO ROGÉRIO
Conforme Davi, as atividades foram muito importantes. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Os alunos também aprenderam a desengasgar uma pessoa, em caso de afogamento com alimentos. O Davi Herrera Rodrigues, de 13 anos, acompanhou tudo de perto. Matriculado no 7º ano do ensino fundamental 2, o garoto acredita que as atividades foram muito importantes para dar uma direção de como agir em situações de acidentes. “Eu achei bem legal. É uma experiência que vou levar para a vida. E, caso ocorra algum acidente, vou saber atuar para salvar a vida de alguém”, ressaltou, ao dizer que uma vez uma tia passou mal e ele não pôde ajudar, pois não sabia o que fazer.

Para Matheus, dará para socorrer alguém se algo acontecer. - FÁBIO ROGÉRIO
Para Matheus, dará para socorrer alguém se algo acontecer. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

O Matheus Henrique Moreira, de 13 anos, que está no 8º ano do ensino fundamental 2, avaliou as atividades como importantes e explicativas. “Foi muito interessante. Acrescentou bastante informação para poder socorrer alguém se algo acontecer.” Matheus e todos os seus colegas da escola aprenderam noções práticas de massagem cardíaca em um boneco. “É bem difícil e cansativo”, disse. Isso porque é preciso realizar a massagem por dois minutos, sem parar, mantendo um ritmo intenso. A Yasmin Araújo Martinez, de 11 anos, do 6º ano do ensino fundamental 2, também aprendeu muita coisa com o projeto “Samuzinho na Escola”. “Eles explicaram de um jeito que a gente consegue entender. Eu acho importante saber essas coisas para ajudar quando for necessário”, afirmou.

Yasmin está preparada para ajudar quando for necessário. - FÁBIO ROGÉRIO
Yasmin está preparada para ajudar quando for necessário. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Cuidado nunca é demais

Para que acidentes não aconteçam, é preciso tomar alguns cuidados. É o que a equipe do Samu explicou para os estudantes durante as atividades. No caso de quedas e traumas, a recomendação é evitar circular por locais escorregadios ou sob o piso molhado. Também não podemos esquecer dos cuidados ao praticar esportes. Para andar de bicicleta, por exemplo, é preciso usar os equipamentos de segurança, como o capacete. As crianças também foram informadas sobre os perigos de mexer em uma tomada elétrica, no fogo e com animais peçonhentos. A equipe também alertou sobre os riscos de ingerir medicamentos e produtos químicos. Mas, se por algum descuido, ocorrer algum acidente, o que devemos fazer? Chamar o Samu, se for algo grave e precisar de socorro imediato, mas se der para esperar um pouco mais, deve-se procurar atendimento médico. No caso dos choques elétricos, a orientação é nunca tocar na pessoa. Já em situações de queimadura, o indicado é apenas lavar o local queimado com água corrente.

Como chamar o Samu?

Em casos de urgência, a enfermeira e coordenadora do Samu de Votorantim, Tatiana Vicentin, destacou que a primeira coisa a se fazer é manter a calma e chamar o Samu. “Primeiro, você precisa respirar fundo, se acalmar e ligar para o Samu. A ligação é gratuita. É só discar o número 192, dizer o nome, a idade, o endereço, incluindo o nome da rua e o bairro, e quais são os sintomas do paciente”, explicou. Além disso, conforme Tatiana, você precisará iniciar os primeiros socorros, como conferir se a pessoa está consciente, respirando e se dá para sentir o pulso (para isso, basta colocar o dedo indicador e médio esticados sobre o pulso, logo abaixo da base do dedo polegar, pressionando levemente até sentir a pulsação). (Jéssica Nascimento)

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