O inédito modelo Basalt é a grande aposta da Citroën para voltar a ter uma presença realmente expressiva no mercado brasileiro, coisa que ainda não aconteceu, mesmo com o lançamento dos novos e bons modelos C3 e C3 Aircross. O visual já não era tão novidade, pois se manteve muito fiel ao conceito Basalt Vision, revelado pela marca meses atrás. A proposta do desenho também é conhecida, segue a linha dos SUV com carroceria estilo coupê, como o Fiat Fastback. O Basalt mede 4,34 metros de comprimento, 1,58 metro de altura, 1,82 metro de largura e tem um bom entre-eixos de 2,64 metros. O resultado é um espaço interno bastante confortável para passageiros e um generoso porta-malas com 490 litros de capacidade (padrão VDA), e ainda com muita facilidade de acesso, já que a tampa é grande e tem ângulo de abertura proporcional.

O Citroën Basalt tem três versões e duas opções de motores bem conhecidos de outros modelos do Grupo Stellantis: o 1.0 Firefly flex aspirado de 75 cavalos de potência (acompanhado de câmbio manual de cinco marchas) e o T200, motor 1.0 turbo flex de 130 cavalos (acompanhado do câmbio automático do tipo CVT). Apesar do visual elegante e o porte muito próximos do Fiat Fastback, o Basalt é um carro que traz o que é necessário, com acabamento mais modesto e conteúdo de equipamentos limitado também. Dá para dizer que oferece o que é necessário e exigido, atualmente, em um automóvel de passeio com preço acima dos R$ 80 mil.

A versão de entrada, Feel 1.0, sai de fábrica com rodas de liga leve aro 16, direção com assistência elétrica e ajuste de altura da coluna, painel de instrumentos digital de 7 polegadas, sistema multimídia com tela de 10‘ com Android Auto e Apple CarPlay sem fio - câmera de ré, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, vidros e retrovisores externos com comando elétrico, mais a chave do tipo canivete. Mas só tem quatro airbags e os faróis são halógenos.

A situação melhora na versão Feel 1.0 CVT, equipada com o motor mais forte T200 e o câmbio automático, mas a mais recheada mesmo é a Shine, que incorpora ar-condicionado digital, sensor de estacionamento traseiro, controle de velocidade de cruzeiro, bancos e volante com revestimento com tecido que imita o couro. E, no plano de ação de lançamento da Citroën, o Basalt conta ainda com a versão especial First Edition que, além do motor turbo de 130 cavalos, tem um pacote de acabamento e acessórios formado por logotipos First Edition, faixas pretas entre as lanternas, pintura branco nacré, rodas escurecidas, soleiras metalizadas, pedaleiras e tapetes personalizados e pintura bitom.

Nesse momento, o Basalt assume a condição de modelo com proposta SUV mais barato do Brasil, esse um apelo indiscutível pelo que ele oferece. Aliás, por causa do preço, pode incomodar modelos do próprio grupo Stellantis, como os Fiat Fastback e o Pulse (este mais caro e menor). Mas vai ser também uma boa opção frente aos sedãs compactos, como Hyundai HB20, VW Virtus e Chevrolet Onix Plus, para citar os mais vendidos. Ou seja, apesar da simplicidade, deve conquistar pelo pacote básico bem montado e o custo interessante frente aos principais concorrentes.

Preços Citroën Basalt:

Feel 1.0 MT: R$ 89.990
Feel Turbo 200: R$ 96.990
Shine turbo 200: R$ 104.990
First Edition turbo 200: R$ 107.390