Fazer parte de uma equipe grande é um dos desejos de muitos esportistas pelo Brasil afora. E no basquete não é diferente. Quem conquistou este passo é o sorocabano João Alberto Agasi Ribeiro, que agora integra o elenco da base do Corin­thians Basquete. “Passar na peneira foi algo fora de série. Era como se eu estivesse em um sonho”, conta o atleta de 14 anos.

Os trabalhos com a bola começaram na semana passada e, até lá, o desafio é controlar a ansiedade para ir com força e intensidade para voar o mais alto que puder, acrescenta o sorocabano. Devido à demanda dos treinos, este ano João Alberto passa a morar em São Paulo e estudar com a bolsa concedida pelo clube paulista.

Apesar da possível distância e do contato diário, para a família só resta o orgulho. “Ele aproveitou bem as oportunidades e está conquistando o caminho dele. Não há como mensurar o orgulho que temos”, afirma a mãe do garoto, Lilian Agasi.

Como começou

Apesar de parecer, o basquete não fez parte da vida do sorocabano desde os primeiros anos de vida. Pelo contrário, até 2023 ele não tinha “alma de atleta”, mas naquele ano algo começou a mudar. “Um grupo de amigos me chamou para jogar. Esse grupo foi crescendo, tinha até nome, o Soropivaras, e era uma brincadeira de fim de semana, incentivada pelo pai de um desses amigos, amante do basquete. Depois disso, o amor só foi aumentando pelo basquete”, lembra João.

Demonstrando aptidão pelo esporte, a família foi atrás de equipes em que o garoto pudesse se desenvolver. A Votorantim Basquete deu o direcionamento e os primeiros passos para que, em anos seguintes, também vestisse as camisas do Colégio Ser, Clube de Campo de Piracicaba e levantasse alguns troféus.

Diante dos resultados positivos, a mãe de João o inscreveu nas peneiras do Palmeiras e do Corinthians. O garoto passou nas duas, mas o coração alvinegro pesou na escolha. “Foi uma pré-seletiva pela internet. Recebemos uma mensagem alguns dias antes falando que ele havia sido selecionado para ir presencialmente fazer a peneira. O levamos a São Paulo e foi selecionado. Fizemos mais testes e deu certo. Foi difícil até cair a ficha”, relembra Lilian.

Apoio familiar

A cada passo e ida a São Paulo, a família do jogador de basquete esteve junto e, para João, o apoio foi fundamental. “O apoio da minha família sempre foi algo fora do comum, pois toda vez que pensava que não era bom o bastante ou quando eu achava que não era o suficiente para o basquete, eles me apoiavam, o que me fez ser o que eu sou hoje. Tenho muita gratidão”, comenta.

“Nunca medimos esforços para incentivar e apoiar. João fazia personal de basquete, de condicionamento físico, pilates e nutricionista. Ver que ele foi selecionado pelo Corinthians é validar tudo o que fizemos por ele”, finaliza a mãe do jovem atleta.