Superliga B
Renasce enfrenta o São Caetano em busca do acesso à elite do voleibol nacional
Partida começa às 14h, no ginásio do Sesi; Sportv 2 transmite

O Renasce Sorocaba fará história se vencer o São Caetano, hoje (30), no Ginásio do Sesi. Isso porque pode conquistar não só uma vaga à final da Superliga B Feminina de Vôlei, mas também o acesso à elite nacional. A partida começa às 14h e não há mais ingressos disponíveis.
No primeiro jogo, em São Caetano do Sul, a vitória saiu depois de cinco sets — 3 a 2 para o Renasce — com bastante oscilação das equipes. Para evitar um sufoco dentro de casa, a semana de treinamento também foi baseada nos erros cometidos e nas características do adversário. “A gente sabia que seria um jogo pegado, difícil”, afirma a central Gabi Furlanetto.
Por isso, a equipe, acrescenta a atleta, trabalhou mais o sistema defensivo, o bloqueio e o ataque. “Muitas bolas a gente poderia ter colocado do lado de lá, trabalhado de uma maneira diferente e a gente cometia erros desnecessários. Agora, buscamos esses acertos.”
Além da questão técnica, o psicológico vai contar muito na partida decisiva. Saber controlar a mente em momentos mais tensos será essencial, entende Gabi. “Os dois [técnica e cabeça] ali trabalhados e bem feitos fazem um jogo muito melhor”, diz.
Já para o técnico Clóvis Granado, a cobrança dentro de quadra é normal e “existe aquele dilema de bater e assoprar, então tem momentos que a gente tem de elogiar e de cobrar mais forte para elas [as jogadoras] acordarem. É isso que a gente faz”. Ele também enfatiza a importância da comunicação e do trabalho em grupo, promovendo um ambiente onde as jogadoras se sintam apoiadas e unidas.
Controle da ansiedade
Durante o planejamento semanal, inclusive com a presença do psicólogo da equipe, a questão mental teve espaço. “Tivemos que trabalhar isso, conversar bastante com elas para segurar a ansiedade. Eu sou de Sorocaba, quero que a cidade esteja na Superliga A e é claro que eu também estou com frio na barriga. É um jogo que vale muito. É como se hoje fosse a verdadeira final”, complementa o treinador que tem mais de 30 anos de experiência nas quadras.
Se a experiência não impede a ansiedade, imagina para quem vive isso pela primeira vez. Exemplo da central Carol que chegou na equipe sorocabana para jogar pelas categorias de base e seu bom desempenho a trouxe para o profissional na Superliga B. “Meu coração está a mil. As expectativas para esse momento estão bem altas. Acredito que a gente trabalhou muito para conquistar o objetivo e o nosso grupo é forte e unido. Certeza de que dará certo.”
Equipe reforça importância da torcida
Como ao longo de toda a Superliga B Feminina de Vôlei, a partida do Renasce no Ginásio do Sesi terá casa cheia. Os 450 ingressos disponibilizados na sexta-feira (28) terminaram em um minuto. A procura e o apoio é aplaudido pelas atletas, que julgam fundamental para o desempenho do time.
A central Gabi Furlanetto, capitã, destaca que a torcida em casa levanta a equipe, sendo considerada a sétima jogadora. O apoio, acrescenta ela, traz uma força significativa, pois as atletas sentem que a torcida está presente em todos os momentos, comemorando cada ponto e vitória com elas.
“Quando comecei este projeto, aqui em Sorocaba, a gente pôs uma frase na cabeça: ‘ganhar ou perder faz parte do jogo, motivar e emocionar as pessoas é obrigação’. Então toda a vez que a gente acaba o jogo traz a torcida para dentro da quadra para conversar com as atletas. Isso criou uma empatia muito grande. É única torcida que eu vi que joga junto com o time, vibra junto desde o começo. É espetacular”, descreve o técnico Clóvis Granado.
Aproveitando a casa cheia, nesta tarde haverá a venda de camisetas confeccionadas exclusivamente para a torcida. O valor é R$ 50. Outros produtos também estarão à disposição na lojinha que fica ao lado da quadra.
Sorocaba já esteve na Série A por duas vezes
Em outras duas ocasiões Sorocaba teve representantes na Superliga A Feminina de Vôlei. Nos anos 1980, ainda numa fase de pré-criação da competição, a Lufkin foi campeã brasileira em 1987. Além disso, teve o projeto Leites Nestlè disputando as Superligas de 1993 a 1999, deixando a modalidade com três títulos nacionais (94/95, 95/96 e 96/97), três paulistas (94/95, 95/96 e 98/99) e dois Sul-Americanos (96/ 97 e 97/98). Em 1998 a equipe se mudou para Jundiaí.
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