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Copom eleva a taxa Selic em 1% pela alta do dólar

Aumento também foi justificado pelo preço dos alimentos

29 de Janeiro de 2025 às 22:02
Reunião foi a primeira sob o comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo
Reunião foi a primeira sob o comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo (Crédito: SERGIO LIMA / AFP)

Pressionado pela alta do dólar e do preço dos alimentos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu ontem elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1%. Assim, os valores vão de 12,25% para 13,25% ao ano. A reunião foi a primeira sob o novo comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo.

No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.

Na ata da reunião mais recente, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Taxa Selic. O órgão informou que o cenário econômico exige uma política monetária contracionista.

O que é a Taxa Selic?

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto comprando e vendendo títulos públicos federais para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. (Agência Brasil)