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Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS)

26 de Agosto de 2018 às 14:20

Complexo Hospitalar é alvo de muitas críticas de usuários. Crédito da foto: Erick Pinheiro (arquivo JCS - 18/07/2018)

Há aproximadamente dois meses, convidado por esse jornal, dei entrevista na qual abordei minha sugestão quanto ao futuro do Conjunto Hospitalar de Sorocaba.

Por que essa iniciativa?

Duas questões decorrem: 1) Será que as populações da nossa cidade e das do entorno estão satisfeitas com o atendimento atualmente dispensado no CHS? 2) Será que não se chegou ao limite para se ter a oportunidade de mudar para melhor o que não vai bem há tempos, a partir de uma política de gestão de médio e longo prazos?

A proposta era e continua sendo a transformação do CHS em uma fundação a semelhança do Incor SP. Por que uma fundação? Simplesmente por que se baseia em gestão colegiada, com conselhos curador, consultivo, fiscal e a vigilância do Ministério Público, através da curadoria das fundações. Interessante observar que nenhum conselheiro é remunerado.

Com isso se transformaria o CHS em uma instituição diferenciada pela qualidade do atendimento indistinto prestado a sua clientela, o que requer certificações e acreditação dos hospitais que o compõem. Também, deve, obrigatoriamente, se envolver com ensino e pesquisa.

Não me frustrei ao verificar que não houve repercussão na classe política, pois significaria uma acentuada redução da ingerência na instituição. A gestão hospitalar é eminentemente técnica e não pode depender da política partidária, ideologias e corporativismos. Trata da vida humana, muitas vezes significando a sua continuidade ou não, assim como de sequelas potencialmente evitáveis. A indiferença dos políticos e, também, das chamadas “forças vivas” da sociedade em assunto de tal importância e sua discussão com a comunidade, não é de agora.

Saibam todos que, independentemente de classe social, econômica, ”status” seja ele qual for, numa situação emergencial clínica ou cirúrgica o paciente é encaminhado, preferencialmente, para o CHS.

Que não se iludam os mais abastados que dispõem de convênios com hospitais de renome em São Paulo, pois, em determinadas condições não haverá tempo hábil para se acessar esses hospitais.

Reconheço a existência de pessoal médico e corpo funcional de qualidade no CHS, que não conseguem desempenhar a contento suas atividades por falta de condições que lhes deveriam ser disponibilizadas.

Alguns dias atrás li sobre a escolha de uma OS para gerir o CHS. Isso não invalida a ideia de uma fundação que tenha uma visão política mais comunitária, social e educacional para o futuro. Ainda compensa se discutir o assunto.

Enfim, o problema está aí e precisa ser resolvido. Cabe a toda sociedade se envolver para sua resolução.

RODOLFO PINTO MACHADO DE ARAUJO