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Educação

Politécnico desenvolve atividades especiais no Setembro Amarelo

Alunos dos ensinos fundamental e médio aprendem que todas as vidas são importantes, além de praticar solidariedade, empatia e acolhimento

27 de Setembro de 2024 às 23:00
Beatriz Falcão [email protected]
Estudantes do ensino médio assistiram palestra sobre 
suicídio ministrada por profissionais da área de saúde mental
Estudantes do ensino médio assistiram palestra sobre suicídio ministrada por profissionais da área de saúde mental (Crédito: DIVULGAÇÃO)

O movimento Setembro Amarelo, dedicado à conscientização e prevenção ao suicídio, nos lembra que todas as vidas importam. Aspectos como solidariedade, empatia e acolhimento são abordados durante o mês, bem como questões socioemocionais. No Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), o tema foi abordado em palestras e rodas de conversa com psicólogos, terapeutas e especialistas em saúde mental.

“Setembro nos convida a refletir sobre a vida e a saúde mental. Neste cenário, a campanha Setembro Amarelo é oportunidade crucial para tratar sobre a prevenção ao suicídio nas escolas”, aponta a coordenadora pedagógica do ensino fundamental, Francine Oliveira. “Desta forma, estamos contribuindo para a formação de uma geração mais consciente e solidária. Contudo, é fundamental que essas atividades sejam realizadas com respeito aos limites e à vulnerabilidade de cada aluno”.

Portanto, com os alunos do ensino fundamental, a campanha do Setembro Amarelo foi abordada com diversos recursos, como cartazes, jogos, vídeos e filmes. Dinâmicas reflexivas sobre palavras de apoio e produções textuais acerca do tema também foram feitas. “Essas interações foram fundamentais para que os estudantes se sentissem à vontade para compartilhar suas preocupações, além de aprenderem a ouvir e apoiar uns aos outros”, afirma Francine.

Setembro Amarelo no ensino médio

Para os estudantes do ensino médio, uma palestra foi realizada no dia 20 de setembro, com a presença de profissionais da área de saúde mental. Os temas foram abordados pela psicóloga Ana Júlia C. Camargo e pela terapeuta ocupacional Patrícia Garcia da Costa, ambas do Centro de Terapia Ocupacional e Terapias Integradas de Sorocaba (CTO), responsável pelas palestras.

O coordenador pedagógico Jonathan Quintiliano Monteiro, responsável pela última fase da educação básica, avalia a atividade como essencial.

“Nós entendemos que o Setembro Amarelo é um tema muito importante, ainda mais considerando os adolescentes neste período de transição, que é turbulento e de muitas mudanças. Há a questão social, as mudanças hormonais no corpo, é um período de mais conflitos, em que eles buscam por aceitação”, pontua Jona­than. “Portanto, trazer profissionais que conseguem colocar alguns pingos nos ‘is’, é muito importante. Com esse conhecimento, os estudantes conseguem identificar pessoas na casa, no grupo, e até mesmo na sala de aula que precisam de ajuda”, conclui o coordenador pedagógico.

Durante as palestras muitos aspectos foram abordados, entre eles, a ansiedade e depressão. Apesar de ser um tópico delicado, a aluna Laura Acquaviva Carrano, de 16 anos, acredita que é um assunto que precisa ser debatido nas salas de aula.

“Nesta época do ensino médio, além da pressão para passar nos vestibulares, acontecem muitas mudanças físicas, mexe com a nossa autoestima”, reflete a estudante. “Nas escolas ainda existe o bullying, que muitas vezes é visto como uma brincadeira, mas machuca e nós só percebemos quando acontece algo muito drástico”.

Já para Maria Helena Santos Ramos, de 16 anos, e Fabianne Sales Lima, de 17 anos, as iniciativas voltadas para a saúde mental criam um ambiente escolar mais acolhedor. “Hoje, questões socioemocionais são muito mais debatidas, ao contrário de antigamente. Por exemplo, os nossos pais têm uma visão diferente da nossa, então não conseguimos falar abertamente sobre isso em casa. Portanto, saber que podemos encontrar esse suporte na escola, foi muito legal”, ressalta Fabianne.

“Às vezes, nós também não sabemos como a pessoa do lado está. Neste contexto, a palestra abordou bastante a questão de olhar para o outro, como podemos ajudar as pessoas e quais são os sinais aos quais devemos estar atentos”, avalia Maria Helena. “Para mim, foi uma palestra muito educativa, principalmente para o momento em que estamos vivendo, de muita autocobrança e insegurança”.


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