Sorocaba
Milton Leite afirma que não há irregularidade no Jardim Nathália
Informação foi divulgada por meio de nota após reportagem sobre possível ligação entre o empreendimento e investigação policial
O presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), afirma que nunca cometeu irregularidade e que o empreendimento residencial no Jardim Nathalia, em Sorocaba, é totalmente lícito. A informação sobre possível envolvimento da empresa de Milton Leite e Luiz Carlos Efigênio Pacheco, mais conhecido como Pandora, acusado de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), teria sido divulgada por veículos de circulação nacional.
Em nota enviada ao Cruzeiro do Sul, Milton Leite diz que “tanto na minha empresa, como em minha vida política, nunca cometi ilegalidade alguma. Nunca fui condenado por crime algum. O empreendimento residencial no Jardim Nathalia, em Sorocaba, é totalmente lícito: seguiu e segue todas as regras da prefeitura do município”, informou.
O político afirma também que “não existe ‘esquema’. Existe, sim, uma tentativa de assassinar minha reputação. E isso não irei permitir, tanto que já travo na Justiça uma luta para limpar meu nome”.
Entenda o caso
71 terrenos localizados no Jardim Nathália, na região do Éden, zona industrial de Sorocaba, estariam vinculados a Milton Leite e Pandora. A informação foi divulgada na última quarta-feira (13) pelo Uol. Segundo o portal de notícias, a reportagem teve acesso a matrículas e escrituras, registradas em cartório de imóveis, com ligações entre os dois.
De acordo com a reportagem da jornalista Juliana Sayuri, Pandora, sócio da empresa de ônibus Transwolff, acusada de lavar dinheiro para a facção criminosa, teria realizado 71 transações imobiliárias em Sorocaba
As negociações, que teriam ocorrido entre 2015 e 2023, totalizando R$ 8,37 milhões, foram realizadas em parceria com a construtora Neumax, da família do vereador paulistano, além da LCP Empreendimentos e Participações, holding da qual ele é sócio. Pelo menos cinco desses terrenos foram bloqueados pela Justiça.
Pandora é réu na Operação Fim da Linha, deflagrada pelo Ministério Público, por meio Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contra duas organizações criminosas que lavam recursos do PCC provenientes do tráfico de drogas, roubos e outros crimes, por intermédio de duas empresas de ônibus responsáveis pelo transporte de cerca de quase 700 mil passageiros, diariamente, em São Paulo. Ele foi preso em abril e liberado em junho, após habeas corpus.