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Como tirar o bico do bebê de 2 meses: estratégias gentis e eficazes

22 de Abril de 2025 às 11:14
Senhor Tanquinho contato@senhortanquinho.com
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A chupeta é um item muito comum no enxoval de bebês. Utilizada para acalmar, ajudar no sono e aliviar o reflexo de sucção, ela pode ser uma aliada em momentos desafiadores da rotina com o recém-nascido. No entanto, muitos pais e cuidadores se questionam: com apenas 2 meses de vida, é hora de tirar o bico do bebê? E se sim, como fazer isso de forma gentil e eficaz?

Neste artigo, vamos explorar os principais motivos que levam à retirada precoce da chupeta, além de apresentar estratégias seguras para esse processo. Também falaremos sobre o uso da melhor chupeta de transição e quando é recomendável manter ou retirar esse item. Tudo com base em orientações pediátricas e práticas que respeitam o desenvolvimento do bebê.

Por que alguns pais decidem tirar o bico tão cedo?

Apesar de a chupeta ser um recurso popular, seu uso prolongado ou inadequado pode trazer riscos, como:

  • Dificuldades na amamentação, especialmente nos primeiros meses;

  • Confusão de bicos (mamilo x chupeta), que pode afetar a pega correta;

  • Interferência no desenvolvimento da arcada dentária e da fala;

  • Dependência emocional para dormir ou se acalmar.

Por isso, alguns especialistas recomendam limitar ou mesmo evitar o uso da chupeta nos primeiros meses de vida, principalmente se a amamentação ainda não estiver bem estabelecida.

A partir de que idade é seguro pensar em tirar a chupeta?

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o ideal é que a chupeta não seja introduzida antes de o aleitamento materno estar bem estabelecido — o que ocorre geralmente por volta das 4 a 6 semanas de vida. Já a retirada definitiva, para evitar problemas bucais e de fala, é recomendada até os 2 anos.

No caso de um bebê de 2 meses, é possível iniciar uma transição, desde que ela seja feita com cuidado, observando os sinais de conforto e segurança do pequeno. Se a chupeta estiver causando problemas na amamentação ou tornando-se um objeto de uso contínuo, os pais podem optar por estratégias de retirada precoce.

Estratégias gentis para tirar o bico do bebê de 2 meses

1. Observe os sinais do bebê

Nem todo bebê precisa da chupeta. Alguns utilizam apenas por hábito, e outros demonstram pouco interesse. Observar o comportamento da criança é o primeiro passo para entender se é o momento adequado para fazer essa transição.

2. Reduza o tempo de uso aos poucos

Uma abordagem eficaz é limitar o uso da chupeta a momentos específicos, como na hora do sono ou durante episódios de choro intenso. Aos poucos, esses momentos podem ser substituídos por outros meios de conforto, como o colo, a amamentação ou o contato pele a pele.

3. Ofereça alternativas de conforto

O bebê pode estar utilizando a chupeta para se acalmar ou lidar com estímulos novos. Nesses casos, outras formas de conforto podem ser introduzidas, como:

  • Contato visual e carinho;

  • Música suave ou ruído branco;

  • Posição de enrolar no colo (posição fetal);

  • Manta ou naninha com cheiro da mãe.

Esses estímulos ajudam o bebê a se sentir seguro e acolhido mesmo sem o uso da chupeta.

4. Evite associar a chupeta ao sono

Um dos principais desafios é quando o bebê associa a chupeta ao ato de dormir. Se for o caso, comece a criar uma rotina de sono sem o bico, usando outros elementos da higiene do sono: ambiente escuro, ruído branco, banho relaxante, canções de ninar e toque suave.

5. Utilize a melhor chupeta como ferramenta de transição

Se a retirada imediata da chupeta parecer difícil, é possível utilizar a melhor chupeta de transição — modelos ortodônticos, com base menor e textura suave, que minimizam os impactos dentários e orofaciais. Esses modelos também facilitam o desmame gradual, por terem menos apelo sensorial.

Prefira chupetas com selo de segurança (INMETRO), livre de BPA e recomendadas por odontopediatras.

E se o bebê chorar muito?

É natural que, nos primeiros dias da retirada da chupeta, o bebê demonstre desconforto ou chore mais do que o habitual. Isso não significa que a decisão foi errada, mas sim que ele está se adaptando a uma nova forma de encontrar consolo.

Nestes casos:

  • Mantenha a calma e acolha o bebê com paciência;

  • Tente diferentes estratégias até encontrar a que melhor funciona para ele;

  • Evite ceder à tentação de devolver o bico nos momentos difíceis.

A constância e o carinho são os maiores aliados nessa fase.

O que dizem os especialistas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação exclusiva deve ser estimulada até os 6 meses de vida. O uso da chupeta pode interferir nesse processo, especialmente quando introduzida precocemente.

Além disso, a Associação Americana de Odontopediatria alerta que o uso prolongado da chupeta pode causar alterações na mordida, no palato e no posicionamento dos dentes. Quanto antes for retirada, menores os riscos de sequelas.

Quando procurar ajuda profissional?

Se a retirada da chupeta estiver gerando muito estresse para o bebê ou para a família, o acompanhamento de um pediatra ou fonoaudiólogo pode ser essencial. Esses profissionais podem avaliar se a chupeta está sendo usada como suporte emocional ou se há alguma dificuldade mais profunda relacionada à sucção e ao desenvolvimento oral.

Como tirar o bico do bebê de 2 meses: estratégias gentis e eficazes

Tirar o bico de um bebê de 2 meses pode parecer desafiador, mas com estratégias gentis, observação atenta e muito acolhimento, esse processo pode ser mais tranquilo do que se imagina. A escolha da melhor chupeta, caso ainda seja necessária como transição, também faz toda a diferença para minimizar impactos à saúde bucal e emocional do bebê.

Lembre-se: cada criança tem seu próprio ritmo, e respeitá-lo é fundamental. O mais importante é garantir que o bebê esteja seguro, bem alimentado e emocionalmente acolhido em todas as fases do seu desenvolvimento.