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Acomodação

Haddad: podemos chegar em 2026 comendo até filé mignon

Ministro da Fazenda acredita que o Brasil estará em uma "situação confortável"

07 de Janeiro de 2025 às 21:58
Cruzeiro do Sul [email protected]
Haddad confia em uma acomodação do dólar
Haddad confia em uma acomodação do dólar (Crédito: LULA MARQUES / ARQUIVO ABR (28/11/2024))

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil está bem posicionado, diante de um cenário externo desafiador, e que deve chegar em 2026 em uma situação confortável. Ele concedeu uma entrevista à GloboNews.

“Eu acredito que nós podemos chegar bem em 2026. Espero que comendo até filé mignon”, disse, em resposta a um questionamento sobre se o governo encerraria essa gestão com picanha no prato do brasileiro, como prometeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Haddad avalia que o Brasil está melhor posicionado do que os vizinhos, diante de um cenário internacional incerto, a depender das medidas a serem tomadas no futuro governo de Donald Trump. Ele destacou que o acordo entre Mercosul e a União Europeia pode ser interessante para as perspectivas da região e mencionou a liderança do Brasil nesse processo.

O ministro acredita que a economia chegará ao fim de 2026 “muito mais arrumada” do que a herdada no início do governo se o plano da equipe econômica for efetivado. Ele afirmou que esse resultado será conquistado “sem maquiagem, sem contabilidade criativa e sem calote”.

“Sem vender estatal na bacia das almas para favorecer grupos econômicos, sem deixar de enfrentar o jabutis de grupos empresariais campeões nacionais que, vira e mexe, conseguem benefícios ali no Congresso, é isso que nós estamos fazendo. E também contendo gastos da maneira adequada, sem prejudicar o trabalhador de baixa renda, garantindo os direitos consignados na Constituição‘, defendeu Haddad na entrevista.

O ministro da Fazenda disse acreditar que vai haver uma acomodação do dólar e argumentou que o governo está atento à inflação de alimentos. “Tem sazonalidade, tem problemas climáticos, tem escorregada do dólar, tudo isso é verdade, mas tem o governo trabalhando para minorar o problema e resolver estruturalmente com a reforma tributária”, disse o ministro, citando a aprovação da reforma tributária sobre o consumo que prevê a inclusão das carnes na cesta básica desonerada. (Estadão Conteúdo)