Oprefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi reeleito com 263.063 votos válidos — 73,75% do total — no primeiro turno das eleições municipais de 2024. O resultado saiu às 19h35 de ontem (6), quando terminou a apuração de 100% das urnas. Danilo Balas (PL) ficou em segundo lugar, com 48.445 votos (13,58%); Paulinho do Transporte (PT), em terceiro, com 44.447 (12,46%); e Calebe Henrique (PCO), em quarto, com 754 (0,21%). Após 16 anos, essa é a primeira vez em que um chefe do Executivo é escolhido em primeiro turno.

Manga teve 214.618 votos a mais do que Balas. Ele é o terceiro gestor municipal a vencer uma eleição em primeiro turno desde que o pleito começou a ter duas etapas na cidade, em 1996. Isso aconteceu pela primeira vez há 24 anos, quando Renato Amary (então no PSDB) venceu logo na primeira fase em 2000, com mais de 128 mil votos. Vitor Lippi (PSDB) — hoje deputado federal — repetiu o feito em 2008, ao ser reeleito com 242.271 votos.

Em relação à eleição municipal de 2020, quando obteve 116.020 votos no primeiro turno, Manga conseguiu 147.043 a mais desta vez — alta de 126,73%. O número supera, inclusive, o resultado do segundo turno do pleito passado, quando ele foi escolhido por 153.228 eleitores.

Primeira mídia

A primeira mídia de uma urna eletrônica chegou aos cartórios eleitorais de Sorocaba, no Jardim Paulistano, às 17h10, dez minutos após o fim da votação. O dispositivo — de uma máquina da 137ª zona eleitoral — saiu do Colégio Salesiano, localizado a cerca de 50 metros da sede da Justiça Eleitoral em Sorocaba. Uma funcionária o levou a pé ao local e, logo após entregá-lo, a apuração começou.

O boletim do primeiro equipamento saiu menos de cinco minutos depois. Ele continha 275 votos, sendo 172 para Manga, 71 para Balas, 31 para Paulinho e apenas um para Calebe. As informações foram divulgadas por Laurinda Ana de Negreiros, chefe da respectiva zona eleitoral. A apuração dos votos não teve qualquer problema em Sorocaba e acabou 25 minutos antes do previsto.

Pela primeira vez em uma eleição municipal, além dos cartórios, os votos também foram computados em nove escolas da cidade, totalizando dez locais. O objetivo da ampliação foi acelerar o processo. Desses outros pontos foram transmitidos os dados para a sede da Justiça Eleitoral, onde houve a totalização final.

Função representativa

A auxiliar da Justiça Eleitoral, Renata Evelyn de Carvalho, de 41 anos, carrega a primeira mídia desde 2018; ou seja, há quatro eleições. Ela conta que se sente um pouco envergonhada, porque todos os funcionários dos cartórios e a imprensa a aguardam. Mas, ao mesmo tempo, fica lisonjeada por ter essa função tão representativa. “É um símbolo de que a democracia está acontecendo”, diz Renata.

Ainda segundo a auxiliar, exibir o dispositivo e a apuração do resultado para todos reforça a segurança e a confiabilidade das urnas, assim como do processo eleitoral.

Renata diminui o tempo do percurso entre o colégio e os cartórios a cada ano. Em 2018, ela o fez em 15 minutos; ontem, chegou cinco minutos antes. “Vou começar a cronometrar”, brinca.