Entrevista
Acabar com a falta de água é o desafio em Salto
Geraldo Garcia assume o cargo de prefeito pela quarta vez; meio ambiente é uma das prioridades no seu plano de governo

O prefeito eleito de Salto, Geraldo Garcia (PP), afirmou que um dos grandes desafios do município hoje é acabar com a falta de água. Moradores da cidade enfrentam problemas de abastecimento, principalmente em períodos de estiagem. Projetos para a saúde, educação, emprego e turismo também foram apresentados pelo futuro chefe do Executivo em entrevista ao Cruzeiro do Sul.
José Geraldo Garcia, mais conhecido como Geraldo Garcia, tem 62 anos. Ele já ocupou o cargo de vereador e foi prefeito em três ocasiões — eleito em 2004, reeleito em 2008 e eleito novamente em 2016. Em outubro deste ano, venceu com 31.843 (49,25%) votos válidos.
Conforme Geraldo Garcia, ao assumir a cadeira de prefeito em janeiro de 2025 uma das primeiras ações será solucionar os problemas relacionados à água. “A questão da água tem sido e é o grande desafio que nós temos em Salto. Vamos ter, neste mandato de 2025 a 2028, que dar respostas muito concretas. Para isso, temos um consórcio regional que engloba Itu e a vizinha cidade de Indaiatuba. Nós temos o Ribeirão Piraí. A constituição deste consórcio do Ribeirão Piraí tende a ser a grande solução dos problemas hídricos da região. Tem um outro córrego do Ribeirão Buru. Vamos ter de fazer uma represa e todo um trabalho”, detalha.
Ainda sobre meio ambiente, o futuro prefeito destaca a conservação do Rio Tietê, que passa pela cidade. De acordo com ele, devem ocorrer articulações com o Governo do Estado e outros municípios para melhorar a qualidade da água do manancial que, em algumas ocasiões, fica coberta pela espuma.
“Nós temos de fazer um trabalho sério com as autoridades constituídas. Eu estou muito otimista com as declarações do governador Tarcísio de Freitas, no sentido de que a gente vai ter uma atenção das autoridades para o tratamento de esgoto do Rio Tietê, porque a solução do Rio Tietê está em cada cidade fazer a sua lição de casa e tratar o seu esgoto, que é uma preocupação que eu tenho em Salto também, porque se eu não dou o exemplo, não vou poder cobrar das cidades que estão acima.”
Já no âmbito da saúde, o prefeito eleito conta que se reuniu com o representante do Departamento Regional de Saúde de Sorocaba, que atende Salto, para buscar melhorias ao Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat. Além disso, quando assumir, deve procurar a organização social responsável pelas unidades de saúde do município.
“Estou muito preocupado em dar respostas mais urgentes. Nós somos administrados por uma organização social. Então, temos de ter uma conversa muito séria logo no início da administração com essa organização social para melhorar o atendimento. Sem contar as unidades básicas de saúde que chamamos de clínicas.
Também temos de melhorar a resolução, mas o grande desafio é evitar a doença, evitar que o mal cresça.”
Na educação, Geraldo Garcia pretende formar estudantes qualificados e, quem sabe, futuros empreendedores. “Nós temos de preparar também essa moçadinha. Fazer conta, preparar orçamento doméstico, preparar empreendedores. Nós estamos numa mudança muito grande daquele antigo emprego. Quem sabe não brotem empreendedores dessa meninada. Despertar vocações. Eu acho que este é o grande lance da educação.”
Estância Turística
Distante pouco mais de 45 quilômetros de Sorocaba, Salto é uma Estância Turística com diferentes atrativos, entre eles o Memorial do Tietê, o Complexo da Cachoeira, o Monumento à Nossa Senhora do Mont Serrat. Além disso, o município conta com parques, museu e um conservatório municipal.
Segundo Geraldo Garcia, em seu mandato haverá investimentos neste setor para gerar mais emprego e renda. “Temos várias empresas, o Parque Industrial, então nós temos de trabalhar o turismo e a indústria como uma ponte muito importante de geração, emprego e renda para que a gente possa fazer valer aquela Salto que tinha uma renda, uma receita. Salto tinha uma renda, na década de 1960, bárbara. Lamentavelmente, as tecelagens, de uma forma geral, foram deixando a nossa região, mas é necessário recuperar isso. Turismo e indústria terão atenção”, finaliza.
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