O Trem Intercidades (TIC) Eixo Oeste, que permitirá uma nova conexão ferroviária entre a capital paulista e Sorocaba, custará R$ 8,5 bilhões e promete oferecer uma alternativa rápida e eficiente de transporte. O leilão para a concessão da linha deve ocorrer no próximo ano, sendo parte de um plano de mobilidade do Governo de São Paulo, que também aprovou a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Sorocaba. A novidade faz parte do megapacote de projetos anunciado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A implementação do VLT custará R$ 1,5 bilhão e terá 25 quilômetros de extensão, ligando o município de leste a oeste e, futuramente, com integração ao Eixo Oeste do Trem Intercidades (TIC).

Com previsão de quatro novas estações, o trem deve fazer o trajeto entre São Paulo e Sorocaba em aproximadamente 60 minutos, atendendo a uma demanda de 50 mil passageiros por dia.

A promessa do TIC é aliviar o tráfego nas estradas e oferecer uma opção mais ágil e sustentável para os usuários que fazem o percurso diariamente, reduzindo o tempo de viagem em comparação com os trajetos rodoviários. No entanto, informações recentes sobre uma possível reativação da antiga linha ferroviária até o litoral não se confirmam.

Plano descartado

O antigo trajeto ferroviário que ligava Sorocaba ao litoral paulista, operado pela extinta Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa), atraiu passageiros por anos, especialmente nos finais de semana. A linha servia como uma alternativa para aqueles que buscavam uma forma de chegar às praias sem enfrentar as rodovias. No entanto, a Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI) do Estado de São Paulo confirma que não há planos de reativar esse trecho ferroviário, seja no curto ou no médio prazo.

TIC Eixo Oeste

Com a exclusão de um projeto para o litoral, a prioridade é garantir a implementação do TIC Eixo Oeste, que deve transformar a ligação entre São Paulo e Sorocaba. Além disso, o projeto prevê um transporte mais sustentável, com menos impacto ambiental em comparação com o transporte rodoviário, tradicionalmente mais poluente.

O leilão de 2025 deverá atrair investimentos do setor privado, e a expectativa é de que o projeto avance rapidamente após a definição do consórcio vencedor.

“A proposta é realizar uma parceria público-privada (PPP) com base nas diretrizes de traçado da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O escopo do projeto abrange a pré-viabilidade e estruturação. Os estudos estão sendo realizados pela International Finance Corporation (IFC) do Banco Mundial”, informou a Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI), em nota. (João Frizo / programa de estágio)