Press Enter and then Control plus Dot for Audio
Sorocaba, Segunda-feira, 17 de Março de 2025

Buscar no Cruzeiro

Buscar

OFEBAS

Agentes funerários: mulheres ganham espaço na profissão, que é carregada de empatia

Profissão é celebrada no dia 17 de março; na Ofebas, a presença feminina na atividade tem sido frequente e reforça a força da mulher

15 de Março de 2025 às 20:59
Na Ofebas, a profissão tem ganhado um contorno 
especial com a presença feminina
Na Ofebas, a profissão tem ganhado um contorno especial com a presença feminina (Crédito: DIVULGAÇÃO)

No momento em que perdemos um ente querido, um profissional essencial entra em ação: o agente funerário, aquele que está ao lado da família desde os momentos iniciais até o final da despedida. A profissão é celebrada em 17 de março, mês que também é dedicado à mulher. Na Organização Funerária das Entidades Beneficentes e Assistenciais de Sorocaba (Ofebas), o gênero tem ganhado cada vez mais espaço e notoriedade na área, que tem a empatia como diferencial.

O trabalho de agente funerário engloba desde a documentação de cartório, fazer a recolha e preparação do ente querido, assim como lidar com a família durante a cerimônia de despedida. Por muito tempo era possível ver essas atividades serem desenvolvidas apenas por homens, mas a profissão tem ganhado um contorno especial com a presença feminina.

“Em um setor historicamente dominado por homens, a presença feminina se mostra ainda mais relevante. A sensibilidade, a empatia e a capacidade de acolhimento das mulheres são qualidades essenciais para lidar com famílias enlutadas, oferecendo o suporte e o cuidado necessários em momentos tão delicados”, comenta a gerente geral da Ofebas, Patrícia Peixoto. Neste contexto, são seis agentes funerárias que desempenham a função na organização.

Antonia Feliciano Fagundes, 43 anos, é agente funerária há seis e enfrentou preconceitos no início da carreira. “É um trabalho que envolve força, e hoje a gente provou que trabalha de igual para igual com os homens”, cita. Ela comenta que vê com bons olhos a presença da mulher na profissão. “A mulher é competente, consegue se desdobrar. É dona de casa, mãe, esposa e, por que não, ser agente funerária? É um toque sensível nesse ambiente que é tido como masculino”, reflete.

Quem também enfrentou dificuldades no início foi Ione Miranda, de 45 anos. “Hoje a área já está mais diversificada, mas quando eu iniciei não era tão comum ter mulheres exercendo essa profissão aqui em Sorocaba. É um desafio diário, por isso é gratificante realizar esse trabalho com tanto amor e dedicação. Hoje me sinto honrada em desempenhar esse papel”, afirma.

Para algumas pessoas, encontrar uma mulher na função também tende a aumentar o conforto durante o momento de dor. A percepção é da agente funerária Ires Meira Silva, de 45 anos. “Muitas famílias se sentem confortáveis quando atendidas por mulheres, agregando um diferencial humano ao serviço funerário. A presença feminina não apenas diversifica o setor, mas também enriquece o atendimento com empatia, organização e humanização, desafiando preconceitos e abrindo espaço para novas formas de lidar com o luto”, diz.

É uma missão

Independentemente do gênero, ser agente funerário é tido como missão pelas profissionais da Ofebas. “É um trabalho que exige que você tenha total entrega para o serviço, então é para quem realmente ama o que faz”, observa Antonia. “O agente funerário trabalha com indivíduos emocionalmente fragilizados, exigindo de nós muita paciência, calma e respeito”, complementa Ires.

Por fim, Ione reflete a consciência sobre o valor da vida que passou a ter após se tornar agente funerária. “Coisas que antes eu dava importância, hoje não dou mais. A vida é uma dádiva, é um presente. Lidar com a morte todos os dias só me dá certeza do quanto uma alegria, um instante são importantes.”

Elas são a maioria

A presença feminina na organização não existe apenas no setor de agentes funerários. 80% do quadro de colaboradores é formado por mulheres, o que é motivo de privilégio para a gerente geral. “Na Ofebas, testemunho diariamente a força, a resiliência e a sensibilidade que as mulheres trazem para o ambiente de trabalho. Nós valorizamos a presença feminina porque acreditamos que a diversidade de perspectivas e experiências enriquece a equipe, impulsiona a inovação e promove um ambiente mais acolhedor e colaborativo”, finaliza Patrícia.

Profissão retratada em documentário

Em homenagem ao Dia do Agente Funerário, a Ofebas preparou uma série com 4 vídeos que será lançada amanhã no canal da empresa no YouTube (www.youtube.com/@ofebassocial). O documentário irá abordar o dia a dia da profissão e os desafios de transformar momentos de dor em homenagem e acolhimento. Confira os trailers nas redes sociais da Ofebas (@ofebassocial).

 

Galeria

Confira a galeria de fotos