Zona Rural
Mortes em acidentes de trabalho no setor agropecuário preocupam na região
Dados do MTE indicam ocorrências fatais no campo ou em empresas agropecuárias

A região de Sorocaba já registrou 900 acidentes de trabalho em 2025, com 34 mortes. As informações são do chefe regional de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ubiratan Vieira. Os acidentes fatais na zona rural ou em empresas do setor agropecuário preocupam.
Segundo Vieira, foram registradas 34 mortes em Sorocaba e região. Dessas 34 mortes, quatro foram no campo, nas cidades de Capão Bonito, Buri e São Miguel Arcanjo e nove mortes foram por meio de quedas de telhados ou teto de obras, a maior parte na construção civil, comércio e indústria.
“Os dados revelam que grande parte dos acidentes foi causada pela operação de máquinas e equipamentos. Houve uma morte em uma serralheria em São Miguel Arcanjo, em razão da máquina não ter dispositivos de segurança durante o corte de madeiras. Em Capão Bonito, um chefe de serviço foi verificar um silo de soja e foi sugado pelo equipamento. Enfim foram vários acidentes em empresas que vendem produtos agrícolas”, explica o chefe regional do MTE.
“Os casos de morte no comércio em sua maioria envolvem choques elétricos e quedas. Há ainda dezenas de casos fatais e não fatais, onde notamos a total falta de equipamentos adequados para proteção e segurança do trabalhador. Há muitos acidentes fatais e não fatais camuflados porque a empresa não fez a comunicação do acidente de trabalho (CAT), que é obrigatória. Tomamos conhecimento do acidente meses depois, porque uma denúncia acaba chegando via sindicatos ou pela família do acidentado”, comenta Ubiratan, sobre a dificuldade de registrar devidamente o número de acidentes de trabalho ocorridos na região.
Porto Feliz
Em Porto Feliz, um trabalhador de 45 anos morreu depois de ser atingido por uma máquina de moer milho. O caso aconteceu no sábado (5), em uma fazenda. O trabalhador teve suas pernas mutiladas após ser atingido pelo equipamento. A vítima foi socorrida e levada até o hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
O chefe regional de fiscalização do MTE aconselha que os empregadores sigam as orientações legais e forneçam equipamentos de proteção individual (EPI). “Devem denunciar quando a empresa não possuir EPI. E a partir da vigência da NR 01, o empregado pode se recusar a trabalhar caso a empresa não possua EPI”, avisa Ubiratan.
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