empreendedorismo
Crianças transformam ideias em negócios
Brincando e criando, os jovens descobrem o empreendedorismo

No mágico universo das crianças, no qual a imaginação não tem limites, o Cruzeirinho apresenta três jovens que dão os primeiros passos no empreendedorismo, fazendo a diferença ao transformar ideias simples em atividades prazerosas e lucrativas.
Com 12 anos, Maria Eduarda Brizzi já está aprendendo a empreender e investir. A garota ganhou um livro intitulado “Como cuidar do seu dinheiro” e, a partir desse aprendizado, teve a ideia de confeccionar deliciosos brigadeiros. A guloseima caiu no gosto da família, amigos e vizinhos, que passaram a ser clientes fiéis da jovem empreendedora.
Maria Eduarda confecciona os brigadeiros e os comercializa na feira de empreendedores do condomínio onde mora, realizada a cada dois meses. Sua banquinha tem tudo de que um empreendedor precisa: plaquinhas com valores e QR Code para pagamento, embalagens para viagem, cardápio e kits para todos os gostos.
Segundo a mãe, a garota já conquistou novos eletrônicos com as vendas e, com a ajuda do pai, investe em materiais e ingredientes para as produções e encomendas. O lucro, por sua vez, é aplicado em criptomoedas. Desde cedo, ela aprende a empreender, investir e entender noções básicas de finanças, como custo, receita e lucro, compreendendo a importância do esforço para atingir seus objetivos.
Rebeca Machado, de 9 anos, cria suas próprias bijuterias. Ela ganhou um kit quando era pequena e passou a produzir lindas pulseiras e tornozeleiras coloridas. Começou fazendo para si mesma, mas suas peças chamaram a atenção das amigas, que se tornaram clientes. A jovem produz as bijuterias no tempo livre, utilizando materiais como miçangas e elásticos coloridos, além de letras que dão um toque especial e personalizado às peças, transformando os looks da garotada. Embora sejam materiais simples, a confecção de pulseiras e tornozeleiras estimula habilidades importantes, como concentração, percepção visual e coordenação motora.
O dinheiro das vendas é destinado à pequena empreendedora, que pode usá-lo como quiser: para comprar materiais para novas produções e encomendas ou para adquirir itens pessoais, como maquiagens e roupas. “É legal ver ela empenhada. Aprende a administrar o lucro para comprar o que gosta e utiliza o tempo livre para fazer algo criativo e longe das telas”, destaca a mãe Paloma.
Para presentear, ensinar e comercializar, Lucas Mundim Shibayama, de 11 anos, viu a mãe confeccionar o famoso ‘Olho de Deus‘ e quis aprender a técnica. Sua mãe, que aprendeu com uma arteterapeuta, ensinou o filho.
O jovem se encantou pela arte e passou a confeccionar suas próprias mandalas “Olho de Deus”. Feitas com palitos cruzados e fios coloridos enrolados, as peças se tornaram tanto presentes quanto fonte de renda. Em sua página nas redes sociais, loja_olhares_de_deus, ele ensina como confeccionar a arte. Para finalizar os presentes e encomendas, o menino tem um cuidado especial: o artesanato é embalado em plástico transparente, acompanhado da história do “Olho de Deus”. Com o dinheiro conquistado, ele já conseguiu adquirir um PC gamer.
O “Olho de Deus” é uma mandala tradicional entre alguns povos nativos do México e da Bolívia. É um símbolo sagrado, tecido a cada comemoração de aniversário de uma criança como forma de desejar saúde e prosperidade. A partir dos cinco anos, as crianças começam a fazer suas próprias mandalas com pedidos especiais.
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