Corpo do ex-técnico Vadão é sepultado
Crédito da foto: Divulgação / CBF (13/6/2019)
O corpo de Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, foi sepultado na manhã desta terça-feira (26) na cidade de Monte Azul Paulista. A cerimônia foi restrita e contou com a presença apenas da família e de amigos mais próximos, respeitando as orientações dos profissionais de saúde para evitar a propagação do novo coronavírus.
A emoção tomou conta da cerimônia, em uma demonstração do carinho pelo ex-treinador de Corinthians, São Paulo e seleção brasileira feminina. Ele era querido entre jogadores, comissão técnica e jornalistas. A família optou por não dar entrevistas durante o sepultamento.
Vadão, de 63 anos, faleceu anteontem (25). O ex-treinador não resistiu ao tratamento de um câncer no fígado, que acabou se espalhando para outros órgãos. “É uma gigante tristeza para o Atlético Monte Azul e para toda população monteazulense. Vadão era um exemplo de pessoa e profissional, um cara do bem, ético, humilde, um ser da melhor espécie possível, deixou um legado maravilhoso para o futebol brasileiro, nunca mais será esquecido”, falou Marcelo Cardoso, presidente do Monte Azul. “Foi bastante comovente, uma tristeza sem fundo”, completou.
Vadão começou a sua carreira como meia esquerda nas categorias de base do Guarani e rodou por clubes como Noroeste, Catanduvense e Botafogo de Ribeirão Preto. Ao mesmo tempo, ele se formou em educação física e acabou aceitando o convite para ser preparador físico da Portuguesa. Iniciou a carreira de treinador no Mogi Mirim e foi responsável por montar o “Carrossel Caipira” no início dos anos 1990, contando com o trio ofensivo formado por Rivaldo, Leto e Válber, além do zagueiro Capone, que executava bem o papel de líbero.
O técnico ainda comandou Guarani, XV de Piracicaba, Athetico-PR, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta, Bahia, Goiás, Sport, dentre muitos outros. Ele foi campeão do Torneio Rio-São Paulo em 2001 pelo São Paulo com um time jovem e que tinha como destaque o meia Kaká, lançado por ele aos 16 anos.
Foi vice-campeão brasileiro da Série B em 2009 e vice do Campeonato Paulista pelo Guarani em 2012. Ele teve cinco passagens pelo clube de Campinas, em um total de 204 jogos. É tratado com idolatria também pela arquirrival Ponte Preta, time o qual dirigiu em quatro oportunidades.
Seu último trabalho foi na seleção brasileira feminina. Deixou o comando em meados do ano passado após o Mundial na França. Em suas duas passagens, Vadão conquistou dois sul-americanos (2014 e 2018), além do quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. (Estadão Conteúdo)