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IPCA desacelera e fecha março com alta de 0,56%

11 de Abril de 2025 às 21:30
Tomate foi o alimento com maior aumento no mês: 22,5%
Tomate foi o alimento com maior aumento no mês: 22,5% (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (5/9/2022))

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,56%, ante uma elevação de 1,31% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,04%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,48%.

O IBGE destacou que o grupo alimentos e bebidas representou quase metade (45%) de toda a inflação de março. Em fevereiro, a inflação dos alimentos tinha sido de 0,70%.

A inflação dos alimentos é uma das principais preocupações atuais do governo, que espera que a safra atual ajude a derrubar os preços.

A alimentação dentro do domicílio subiu 1,31% em março; e a fora de casa, 0,77%. Os vilões da alimentação no bolso do brasileiro foram o tomate, que subiu 22,55%, impacto de 0,05 ponto percentual (p.p.); o café moído (8,14%, impacto de 0,05 p.p.) e ovo de galinha (13,13%, impacto de 0,04 p.p.). Juntos, estes itens responderam por um quarto da inflação do mês.

O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, explica que a alta do tomate é explicada pelo calor nos meses de verão. “Houve uma aceleração na maturação, levando a antecipação da colheita em algumas praças. Sem essas áreas de colheita em março, houve uma redução na oferta, trazendo pressão de alta sobre os preços.”

Para os ovos, ele apontou dois motivos: aumento do custo do milho, base da ração das aves e o período de quaresma, quando a procura por ovo é maior.

O café moído acumula alta de 77,78% nos últimos 12 meses. Fernando Gonçalves indica fatores internos e externos pelo encarecimento. Houve aumento do preço no mercado internacional, por causa da redução de oferta do grão em escala mundial, com a quebra de safra no Vietnã, devido a adversidades climáticas, que também prejudicaram a produção interna.

A alta de 0,56% do IPCA em março foi o resultado mais elevado para o mês desde 2023, quando havia subido 0,71%, informou IBGE. Em março de 2024, a taxa tinha sido de 0,16%. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)