Thais Jardim Oliveira

Em dezembro de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi alertada sobre um surto de pneumonia na província de Wuhan, na China. Logo após, descobriu-se que se tratava de um novo tipo de coronavírus que, até então, nunca havia sido encontrado em humanos. Hoje já sabemos que este novo tipo de coronavírus é o agente causador da Covid-19, uma doença contagiosa que se espalhou pelo mundo e que, em março de 2020, foi considerada pela OMS uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, o que melhora a coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus. A OMS declarou que se tratava de uma pandemia, ou seja, havia uma doença infecciosa que ameaçava muitas pessoas de forma simultânea no mundo inteiro.

De forma geral, a transmissão do coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato próximo com pessoas infectadas. Assim, medidas simples de prevenção de contágio, como o uso de máscaras, lavar as mãos com água e sabão e higienização com álcool gel 70%, são eficazes.

As máscaras faciais, quando adaptadas adequadamente, interrompem efetivamente a dispersão das partículas expelidas por meio da tosse ou espirro, retendo partículas e vírus transportados pelo ar, de modo que esses não alcancem pessoas próximas, impedindo, assim, a transmissão de doenças respiratórias. Por isso o uso de máscaras é importante.

O álcool gel também deve ser utilizado, principalmente, quando as pessoas não dispõem de local adequado para lavar as mãos. As vantagens desses produtos incluem eficácia na redução da contagem bacteriana das mãos, causam menos ressecamento do que o sabão comum e apresentam facilidade de uso. As preparações alcoólicas constituem uma das classes de antissépticos das mais utilizadas em serviços de saúde para a higienização das mãos. Esses produtos, nas formas líquida, gel ou espuma, devem apresentar álcool na concentração de 70%, devido à eficácia comprovada.

No entanto, agora, surgem as perguntas: Por que essa concentração? Por que álcool gel 70%? O álcool 70% possui concentração ideal para o combate a bactérias, fungos e vírus, pois a desnaturação das proteínas dos microrganismos faz-se mais eficientemente na presença da água; o etanol puro tem menos efetividade que soluções aquosas. O produto na forma de gel, por causa de sua maior viscosidade, torna-se mais adequado para o espalhamento e segurança, e pode ser acrescido de substâncias que evitam o ressecamento e a irritação da pele.

Como já foi publicado em vários meios de comunicação, os sintomas demoram a aparecer e algumas pessoas nem chegam a apresentá-los, então, em uma pandemia viral como esta que estamos vivendo, não podemos facilitar para o inimigo, ainda mais quando ele é invisível. Enquanto não temos vacina, as máscaras e os hábitos de higienização se tornaram a nossa maior defesa. Hoje, todos nós somos linha de frente contra o coronavírus quando fazemos a nossa parte ficando em casa, evitando aglomerações e seguindo as regras dos órgãos de saúde.

O inimigo é invisível a olho nu, mas é visível para a ciência, e muitos estudos já estão em andamento desde o começo da pandemia. Mas a pandemia ainda não acabou, infelizmente. Por isso, devemos continuar com as medidas preventivas. Continue se protegendo contra o coronavírus. Fique em casa se puder, lave as mãos e use máscara se precisar sair. Nós vamos vencer!

Thais Jardim Oliveira, engenheira de bioprocessos e biotecnologia e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas na Uniso. E-mail: [email protected]