Centenas de moradores na zona oeste de Sorocaba se reuniram na Praça São José, ao lado da Igreja São José do Cerrado, na noite de ontem (14), em protesto pela morte de Santa Luzia Gomes Pintor, de 71 anos, assassinada cruelmente no domingo (9) na casa onde morava na região da avenida General Carneiro.

O protesto, que contou com a presença de familiares, vizinhos e amigos, foi silencioso e, em alguns momentos, os manifestantes rezaram. Cada um levou uma vela, também simbolizando a falta de segurança e iluminação que há no bairro.

Ivens Gomes, de 42 anos, filho de Santa Luzia, contou que a mãe era uma pessoa tranquila, com muitos amigos, frequentava a igreja e morava sozinha há 13 anos. Ele pede justiça pela morte da mãe. “Quem fez essa crueldade acho que sabia da rotina da minha mãe, ela trabalhava no salão em casa, ajudava muitas pessoas. Foram levadas somente correntes que estavam no pescoço”, contou.

Ivens relatou que em 2024 uma desavença da mãe com um morador de rua pode ser uma das causas do crime, pois a pessoa quebrou os vidros da residência porque ela negou dinheiro. Comenta que a polícia segue com o caso e nenhuma hipótese é descartada.

Os moradores pedem justiça e melhorias como segurança e iluminação. Segundo relatos, a região tem sofrido com assaltos, presença de moradores de rua e usuários de droga, por isso pedem solução.

O caso

Santa Luzia teve a casa invadida e foi encontrada no chão, seminua, com braços e pernas amarrados e com um pano na boca, na manhã de domingo (9). A casa dela também estava revirada.

O caso é investigado sob os cuidados da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), que trabalha na linha de investigação de latrocínio (roubo seguido de morte), mas sem descartar nenhuma hipótese, o que pode determinar se houve outras circunstâncias no crime.