A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) - 15ª Região promoveu ontem (21) a palestra Tecnologias Assistivas - Abordagem Prática. O termo se refere a equipamentos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que tenham como objetivo promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Dentre os recursos de tecnologia assistiva disponíveis destacam-se as OPMs — sigla para Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção —, que são dispositivos e equipamentos que ajudam pessoas com deficiência a se locomover.

O evento aconteceu no Instituto Adimax, em Salto de Pirapora, e teve como público-alvo magistradas e magistrados, servidores e servidoras, estagiários e estagiárias da Justiça do Trabalho.

De acordo com o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Cláudio Mascarenhas Brandão, um dos palestrantes, “a lei brasileira de inclusão estabelece que o trabalhador tem direito que a empresa forneça para ele a tecnologia assistiva necessária para o seu trabalho de acordo com a sua deficiência, seja física, visual, locomotora ou intelectual”.

Antes a pessoa se adaptava ao trabalho, agora, o trabalho tem de se adaptar à pessoa para que ela “possa ter o direito a estar no mundo com condições iguais”, disse o ministro do TST. Segundo ele, “eventos como esse são importantes para levar a informação e disseminar nas pessoas em geral a cultura anticapacitista, que é o combate a discriminação em razão da deficiência”.

A palestra também tratou de pautas como o Dia Internacional da Síndrome de Down e Dia Internacional contra a Discriminação Racial (ambos em 21 de março). O evento contou com a apresentação do grupo Felicidade Down. Os participantes puderam ainda fazer uma visita guiada por todo o espaço da Adimax e conhecer o trabalho efetuado com cães-guias e demais projetos que auxiliam pessoas com deficiência.

Além de Cláudio Mascarenhas Brandão, participaram como palestrantes o desembargador do TRT-9, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca; o juiz do TRT-2, Márcio Aparecido da Cruz Germano da Silva; e Milton Pereira de Carvalho Filho, coordenador-geral de Tecnologia Assistiva - CGTA, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. (Thaís Verderamis)