Imagine você dirigindo em um dos bairros nobres de Sorocaba. O local conta com novos empreendimentos, centros comerciais, escritórios e é próximo a um dos principais shoppings da cidade. Contudo, quando menos esperar, o motorista vai se deparar com uma rua de terra que corta vias importantes. O trecho, com aproximadamente 100 metros, está localizado no parque Campolim, na zona sul. Existe uma previsão para a interligação entre as ruas Augusto Lippel e a Amália Ayala Perez até a Antônio Perez Hernandes. O projeto para execução da pavimentação da via ainda está em processo de aprovação, sem data definida para o início das obras.

O comerciante Sérgio Berlanga, com estabelecimento no Mercadão Campolim há 15 anos e morador no bairro, comenta que existe expectativa para a nova via. Segundo ele, que conhece bem essa região, a expectativa é de que o acesso permita “desafogar” as ruas no entorno e interligar as principais vias do bairro, que passa por um crescimento notável nos últimos anos, atraindo empreendimentos comerciais e residenciais.

Outra moradora do bairro, que preferiu não se identificar, disse que a pavimentação da rua já existente significará um benefício considerável para os moradores. “A rua já existe, tem um grande fluxo de carros e motos, mas com a pavimentação deve melhorar o acesso dos moradores que passam por ali; só precisa pavimentar, iluminar e fazer o corte das árvores porque movimento já tem”, comenta. E, de fato, a afirmação faz sentido, pois os motoristas, em busca de alternativas para fugir de um trânsito maior existente em outras vias, buscam essa passagem ao longo do dia. Contudo, diante das circunstâncias, é precária a situação.

Impasse

O Cruzeiro do Sul questionou a Secretaria de Mobilidade (Semob) de Sorocaba sobre o prazo para a execução do projeto de interligação. De acordo com a Semob, para a interligação entre as ruas Augusto Lippel e a Amália Ayala Perez até a Antônio Perez Hernandes, será preciso realizar a pavimentação. Mas, no momento, a proposta está em trâmite na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), para regularização ambiental, e a previsão é de que a obra seja executada tão logo concedida essa autorização.

A Cetesb, por sua vez, informou que esse tipo de obra é de utilidade pública e pode ser autorizada após análise técnica. Contudo, no momento, a Companhia “aguarda a assinatura do termo de compromisso de compensação ambiental, por parte da prefeitura, para emitir autorização para a supressão de vegetação em estado inicial”.