O interesse por móveis e objetos antigos tem crescido nos últimos anos e ajudado a movimentar o mercado de antiquários. Carlos Laino, jornalista, publicitário e proprietário do Antiquário Mondo Antico, localizado no CEAGESP, afirma que a procura aumentou significativamente. “Podemos dizer que o nosso mercado mais que dobrou”, comenta. Segundo ele, hoje não há um único perfil de consumidor: “Com o passar do tempo, formou-se um público mais amplo para nossos produtos, indo dos jovens até os mais velhos”. O antiquário também marca presença em diferentes plataformas digitais, ampliando o alcance e a divulgação das peças.

Entre os itens mais procurados no momento, segundo o comerciante, estão os telefones antigos, relógios cuco e balanças clássicas. Os discos de vinil também seguem em alta, impulsionados por tendências de mercado e consumo afetivo.

É o caso de Elias Torres, engenheiro mecatrônico, 60 anos, e Lígia Pelizzon Torres, dona de casa, 61 anos, clientes do antiquário. “Compramos há mais de 10 anos. Tem um valor afetivo. Temos muitos objetos, a casa inteira”, relatam.

O interesse crescente por peças que carregam história ajuda a explicar o cenário do setor. Dados da pesquisa Tendências de Estilo de Vida 2024, da consultoria brasileira MindMiners, apontam que 71% dos brasileiros valorizam objetos que remetem ao passado e veem na nostalgia uma forma de expressar identidade. “Hoje não existe um produto específico que tenha mais saída, as vendas são diversificadas, a procura também se dá em virtude das tendências”, finaliza Laino.