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Cultura

Exposição de MoisésSurdo, em Votorantim, segue até dia 29

Mostra marca ações do Setembro Verde, mês da inclusão

06 de Setembro de 2022 às 00:01
Feitas a partir de sucatas, peças traduzem vivências e referências do cotidiano do artista
Feitas a partir de sucatas, peças traduzem vivências e referências do cotidiano do artista (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A exposição de peças do artista plástico Moisés de Camargo, conhecido como MoisésSurdo, em Votorantim, é um incentivo às ações do Setembro Verde, o mês da inclusão. Os trabalhos, feitos a partir de sucata, estão expostos no Paço Municipal e ficam à disposição do público até dia 29 deste mês. A abertura da mostra aconteceu ontem (5).

Moisés se inspira nos momentos do dia a dia, imagina suas obras durante os sonhos e coloca em prática sucata. “Comecei fazendo um caminhãozinho de ferro. Depois com incentivo, fui fazendo mais e mais. De 2018 pra cá, já tenho 34 artes”. A deficiência auditiva de Moisés não impede o dom e capacidade. “Através das vibrações dos sons, eu consigo sentir, e, assim, transformar em obras”, explica.

Entre as sucatas estão as peças inspiradas no dia a dia, como “O lúdico na infância”, em que ele viu seu filho brincando em um sítio e oficializou o momento com a arte. Outra peça interessante é a “Selfie”, presente na rotina de todos.

A diretora da Secult, Kelly Perez de Carvalho, conta que o objetivo da exposição é reforçar a ideia do Setembro Verde. “É o mês que relembramos essa luta e reforçamos a capacidade das pessoas com deficiência”.

A solenidade de abertura da mostra contou com apresentação do violinista Jonathan da Silva. Ele começou na escola de música da cidade “Maestro Nilson Lombardi” e hoje estuda no conservatório de Tatuí. “Sou apaixonado por violino desde os meus 7 anos de idade, mas somente depois de ficar cego que comecei a tocar. Foi a maior realização de sonho da minha vida”.

Inclusão

A professora e intérprete de libras, Maria Angela Oliveira, também fundadora da Associação do Amor Inclusivo comenta a importância da exposição. “Ações como essas são extremamente relevantes para as pessoas entenderem que deficientes não são coitadinhos, são seres humanos com capacidades e talentos”. Ela também explica que “quando falamos ou escrevemos ‘deficientes’, focamos muito na letra D e esquecemos que em seguida está escrito ‘eficiente’. É necessário abrir essas oportunidades a eles”, finaliza. (Da Redação)