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Economia

Janeiro terá bandeira verde na conta de energia, sem adicional

Projeções de inflação do BC já consideram melhoria nas condições climáticas

28 de Dezembro de 2024 às 21:08
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Reservatórios de hidrelétricas estão em condições favoráveis
Reservatórios de hidrelétricas estão em condições favoráveis (Crédito: DIVULGAÇÃO / SPIC BRASIL)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira tarifária verde para o mês de janeiro de 2025. A justificativa principal é a redução no custo de energia, a partir de condições favoráveis para a geração no País. Dessa forma, não haverá custo adicional na tarifa de energia no primeiro mês do próximo ano.

“A bandeira tarifária permaneceu verde de abril de 2022 até julho de 2024. A boa notícia se repetiu em dezembro de 2024 e será mantida em janeiro de 2025 devido a permanência das condições favoráveis de geração de energia no País”, informou a Aneel.

Com a seca histórica no segundo semestre de 2024, a Aneel havia acionado a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em setembro, pela primeira vez em mais de três anos. Além do risco hidrológico (GSF), outro gatilho para o acionamento da bandeira mais cara foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) — valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

O PLD iniciou a semana passada no patamar regulatório mínimo, de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh), em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).

As projeções de inflação do Banco Central já consideram uma melhora nas condições climáticas que influenciam no acionamento da bandeira tarifária de energia, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, divulgado na última quinta-feira. (26).

Mês a mês, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) considera o custo variável da produção de energia, como a disponibilidade de recursos hídricos, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras. A arrecadação via bandeira tarifária paga os custos adicionais.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, vai fechar o ano de 2024 com a marca de 61 acionamentos nas classificações amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou, com maior impacto, a classificação “escassez hídrica”.

O sistema visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Na série histórica, o maior período em que a bandeira tarifária ficou verde foi de abril de 2022 até julho deste ano. O retorno da bandeira verde foi neste mês de dezembro. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)