A Secretaria da Saúde (SES) de Sorocaba contabilizou, no período de quatro dias, 656 casos a mais de dengue na cidade. Aumento de 29%. Com isso, o município passa a ter 2.846 confirmações no ano, sendo 2.746 autóctones – quando a doença é adquirida no lugar em que mora --, 96 importados e quatro indeterminados. Os dados foram disponibilizados nesta quinta-feira (20).

O informativo traz também os números referente as mortes: são três confirmadas – todas mulheres de 41 a 95 anos -- e outras três em investigação. As análises ficam a cargo do Instituto Adolfo Lutz que, a depender da demanda, pode demorar até três meses para retornar com a causa do falecimento.

No aparecimento dos sintomas, a população sorocabana pode procurar qualquer unidade de saúde da cidade para atendimento. No momento não há nenhum centro específico para tratamento e hidratação da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é o principal vetor da zika e chikungunya.

Os principais sintomas, conforme os especialistas, são febre alta superior a 38,5° C, dor muscular, articulares e de cabeça intensa, principalmente atrás dos olhos, mal-estar, entre outros. Ainda conforme os médicos, os sintomas tendem a durar de dois a sete dias. Após o período, a pessoa geralmente começa a se recuperar. 

Contudo, há ainda quem possa apresentar dengue com sinal de alarme (dor abdominal, vômito, sangramento de mucosas) ou grave (choque ou desconforto respiratório, sangramento grave ou comprometimento de órgaõs). Nesses casos, a orientação é procurar um serviço de saúde com urgência.

“Identificar os sintomas e compreender os sinais de alerta são passos cruciais para salvar vidas e evitar complicações. O acompanhamento pós-alta é indispensável para garantir a recuperação do paciente”, explica o especialista em medicina tropical e secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (MS), Rivaldo Venâncio.

Acabar com a dengue é uma missão de todos

A proliferação do mosquito da dengue só diminui se houver colaboração entre o setor público, privado e a população. As larvas do Aedes aegypti gostam de ambientes úmidos e quanto mais quente, mais rápido se multiplica. Por isso é necessário que o lixo seja descartado em local correto, objetos que possam acumular água fiquem tampados ou virados de ponta cabeça e os vasos de plantas sejam preenchidos com areia.

Uma das maneiras de avaliar como está a proliferação do mosquito na cidade é o índice larvário. A última medição feita pela Zoonoses de Sorocaba constatou que a cada 100 casos, 8,2 tinham a larva do vetor. O número é considerado alto, por isso a colaboração de todos é essencial.

Os canais para denúncia de possíveis criadouros são: http://www.sorocaba.sp.gov.br/atendimento (24 horas), telefone 156 ou o WhatsApp: (15) 99129-2426, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Aos fins de semana e feriados, o munícipe também pode entrar em contato pelo telefone 153, da Guarda Civil Municipal (GCM).

A prefeitura tem feito ações diárias com os agentes de endemias em vários bairros, sobretudo naquelas em que há maior preocupação com visitas a imóveis e nebulização. Nesta sexta-feira (21) as equipes farão o famoso “fumacê” nos bairros Maria dos Prazeres e Vila Progresso. Já a orientação e controle de criadores no “porta a porta” será realizado no Vitória Régia, Carandá, Nova Esperança, Montreal, Vila Carvalho, Júlio de Mesquita e também na Vila Progresso.

Dia D

Das 7h30 às 9h30 e das 16h às 18h, diversas secretarias participam do “Dia D contra a Dengue” na sexta-feira (21). Entre as iniciativas, a entrega de planfletos, exposição educativa da Zoonoses e caminhão “cata treco” nos bairros com maior incidência do mosquito.

Os pontos de entrega de planfletos são: praça Cel. Fernando Prestes, Barão do Rio Branco com a Braguinha, praça da Bandeira, avenida Antônio Carlos Comitre com a avenida Washington Luiz, avenida Edward Fru Fru com a avenida Atanásio Soares, avenida Itavuvu com a avenida Ipanema, praça Lions, praça 9 de Julho e avenida Armando Pannunzio com a rua Salvador Milego e atividade de conscientização nas 33 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).