Meio Ambiente
Parque aquático de Sorocaba enfrenta barreiras ambientais
A decisão da suspensão do alvará de licença do Acqua Thermas Park, bem como a paralisação das obras e a proibição da emissão de novas licenças foi divulgada na semana passada

Como noticiado na semana passada pelo Cruzeiro do Sul, a Justiça determinou a suspensão do alvará de licença do Parque Aquático Acqua Thermas Park, bem como a paralisação das obras e a proibição da emissão de novas licenças. A decisão, assinada pelo juiz Alexandre de Mello Guerra em 11 de março, atende a mais um pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
O parque aquático ganhou notoriedade desde o anúncio do seu lançamento no ano passado. De acordo com os responsáveis, o empreendimento ocupará uma área de 120 mil metros quadrados, contará com água quente em todos os ambientes e terá o maior toboágua do mundo, com 60 metros de altura (equivalente a um prédio de 21 andares), além de uma praia artificial de 3 mil metros quadrados.
O Cruzeiro realizou uma visita ao local das obras na tarde de quinta-feira (20). O empreendimento está sendo construído no bairro Brigadeiro Tobias, na Estrada do Passa Três, ao longo da Rota Turística Caminhos da Marquesa. O próprio local escolhido para o parque apresenta desafios. Situado em um dos bairros mais afastados de Sorocaba, na extrema zona leste, o canteiro de obras é uma grande extensão de terra seca, impactada pela estiagem dos últimos dias.
O acesso é difícil, feito por uma estrada de terra acidentada, estreita e capaz de comportar apenas dois veículos lado a lado. Até o momento, há apenas um estabelecimento comercial nas proximidades, um café e restaurante.
Não é a primeira vez
Esta não foi a primeira barreira ambiental enfrentada pelo empreendimento. Em 27 de agosto de 2024, as obras foram interrompidas por determinação judicial devido à ausência de licenças ambientais. Já em 13 de setembro do mesmo ano, a venda de títulos do parque também foi suspensa pelo mesmo motivo.
Por meio de uma nota de esclarecimento enviada na terça-feira (18), em resposta à nova suspensão do alvará, a empresa responsável afirmou que o empreendimento segue os trâmites legais para obtenção das licenças necessárias junto aos órgãos competentes.
“O Grupo Acqua Thermas Park esclarece que o parque ainda não iniciou as obras e que todas as exigências ambientais estão sendo rigorosamente cumpridas. Entre elas, a apresentação dos laudos técnicos ambientais em conjunto com o projeto arquitetônico”, diz o comunicado.
O próprio site oficial do empreendimento indica que os desafios ambientais são um obstáculo. Logo na página inicial do hotsite do Acqua Thermas Park, há um aviso: “OBS: O empreendimento depende de aprovação pelos órgãos ambientais competentes e, por determinação judicial, não está disponível para comercialização imediata”.
Em maio do ano passado, durante o lançamento do projeto, a empresa anunciou que a previsão de inauguração seria para 2025.