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Centro de Hidratação e Monitoramento da Dengue inicia atendimentos

O espaço que fica na Santa Casa atende pacientes encaminhados pelas unidades de saúde

24 de Março de 2025 às 14:44
De acordo com a SES, atualmente, 180 casos estão sendo monitorados por dia no município
De acordo com a SES, atualmente, 180 casos estão sendo monitorados por dia no município (Crédito: Fábio Rogério)

Os atendimentos no Centro de Hidratação e Monitoramento da Dengue (CHMD), realizado pela Secretaria da Saúde (SES) de Sorocaba, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia, começaram na manhã desta segunda-feira (24). O polo atende pacientes do Grupo B e aqueles encaminhados pelas unidades de saúde municipais (UPA, UPH, PA ou UBS).

Segundo o coordenador do Núcleo Interno de Regulação (NIR) da Santa Casa, Conrado Puglia, estão disponíveis 60 poltronas para os pacientes referenciados, ou seja, aqueles que já possuem atendimento prévio e exames. Os pacientes são encaminhados ao CHMD no dia seguinte ao atendimento nos postos de origem e, caso precisem de acompanhamento por mais dias, os agendamentos de retorno serão feitos diretamente pelo Centro.

De acordo com a assessora de planejamento da SES, Diessika Falleiros, atualmente, 180 casos estão sendo monitorados por dia no município. ‘Ainda não chegamos ao pico de casos, que é esperado, segundo o cenário epidemiológico, para daqui a três semanas. Então, esperamos que esse número aumente ainda mais‘. A expectativa é que todas as 60 poltronas sejam ocupadas diariamente pelos pacientes do Grupo B, com idade igual ou superior a 12 anos, composto por pessoas com comorbidades, como hipertensão, diabetes, asma ou obesidade.

Além disso, Conrado alerta para os casos do Grupo C, que apresentam dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento nas gengivas, nariz ou outros locais, tontura ou desmaio ao se levantar, confusão mental, sonolência excessiva ou agitação, entre outras características. Esses pacientes não serão atendidos pelo CHMD. ‘A própria unidade de atendimento irá inserir esse paciente no sistema para que seja encaminhado a uma unidade hospitalar, já que se trata de um caso mais delicado, necessitando do melhor atendimento multidisciplinar‘, afirma.

Diante do aumento dos casos de dengue e da expectativa de um pico nas próximas semanas, a prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, o uso de repelentes e a busca por atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas, são essenciais. A população deve estar atenta aos sinais de agravamento da doença e seguir as orientações das unidades de saúde para garantir um tratamento adequado e eficaz.

Atendimentos

Grupo A
Sintomas leves:
Febre, dor no corpo
Dor de cabeça
Manchas na pele
Dor atrás dos olhos
- Sem sinais de alarme ou complicações.

Grupo B
Sintomas do Grupo A com presença de risco aumentado:
Pacientes com comorbidades (diabetes, hipertensão, gestantes, crianças, idosos).
Sangramento espontâneo leve (pele ou mucosas).
Pacientes com risco social (difícil acesso a serviços de saúde).

Grupo C
Presença de sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua.
Vômitos persistentes.
Sangramento de mucosas.
Hipotensão postural.
Letargia ou irritabilidade.
Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural).
Queda abrupta das plaquetas com aumento do hematócrito.

Grupo D
Dengue Grave, caracterizada por:
Choque por extravasamento plasmático (pulso fraco, pressão baixa, extremidades frias, tempo de enchimento capilar aumentado).
Hemorragia grave (sangramentos extensos e intensos, hematêmese, melena).
Comprometimento grave de órgãos (hepatite severa, miocardite, encefalite, insuficiência renal).