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Mercado de trabalho

Região se destaca na geração de empregos

Com 32 mil postos de trabalho abertos em 12 meses, RA de Sorocaba ocupa o 4º lugar em São Paulo

23 de Setembro de 2024 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Crescimento da atividade industrial impulsiona os demais setores da economia regional
Crescimento da atividade industrial impulsiona os demais setores da economia regional (Crédito: DIVULGAÇÃO)


A Região Administrativa (RA) de Sorocaba, composta por 47 municípios, gerou 32 mil novos empregos entre os meses de agosto de 2023 e julho de 2024, conquistando a quarta posição entre as regiões do Estado de São Paulo que mais abriram postos de trabalho com carteira assinada no período. De acordo com levantamento divulgado pela Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), o município de São Paulo lidera o ranking com a criação de 170 mil vagas, seguido pelos demais municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com 99 mil, e pela RA de Campinas, que contabilizou 74 mil novos postos de trabalho. A RA de Sorocaba ficou à frente da Região Administrativa de São José dos Campos, que registrou 22 mil empregos no período.

Apenas em julho de 2024, foram gerados 4.050 novos empregos, colocando a RA mais uma vez na quarta posição entre as regiões do Estado, seguindo a mesma ordem dos 12 meses acumulados. Esse avanço é impulsionado, em grande parte, pelo setor industrial, que tem grande representatividade no município de Sorocaba.

Apresentando os desempenhos mais expressivos em 12 meses, a capital, os demais municípios da RMSP e as regiões administrativas de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos responderam por 79% dos empregos gerados no Estado de São Paulo.

Indústria e empregos

O município de Sorocaba tem papel importante na criação de empregos na região. De acordo com dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes a julho de 2024, a cidade foi responsável por 1.239 novos postos de trabalho, com destaque para o setor industrial, que gerou 486 empregos no mês. Outros setores como serviços e comércio também contribuíram para o saldo positivo de contratações.

Análise econômica

Para o economista Marcos Canhada, o desempenho da RA de Sorocaba é reflexo de um ambiente econômico que favorece a instalação de empresas e indústrias, impulsionado pela infraestrutura disponível e pela proximidade com grandes centros como São Paulo e Campinas. “A posição geográfica, proximidade da capital e infraestrutura educacional estimulam as empresas a escolher as cidades da região de Sorocaba para fazer investimentos que melhoram a oferta de emprego”, explica Marcos.

O especialista ressalta ainda que a diversidade de setores em crescimento na região ajuda a manter o saldo positivo na geração de empregos. “A Região Metropolitana de Sorocaba apresenta, em suas cidades, duas importantes vocações: a industrial e a agrícola. Capitaneadas pela cidade de Sorocaba, na vanguarda da industrialização, outras cidades da região têm recebido empresas do segmento industrial, importante fomento da geração de empregos”, complementa.

Perspectivas

O crescimento de empregos é uma excelente notícia para a RA de Sorocaba. Canhada alerta sobre o que podemos esperar da cidade após essa alta taxa de empregos. “Com este crescimento contínuo, espera-se melhoria de renda e oportunidades para os cidadãos de nossa região. Mas, é preciso atenção com as questões de infraestrutura, para que o processo de crescimento não traga efeitos negativos tais como mobilidade, meio ambiente e violência”, finaliza.

Balanço

Nesses 12 meses, o Estado de São Paulo registrou 499 mil novos empregos — resultado de 7,8 milhões de admissões e 7,3 milhões de desligamentos —, com aumento de 3,6%, pouco inferior à média verificada para o Brasil, que foi de 3,9%. Esse saldo representa 28% dos empregos criados no País, cerca de 1,8 milhão entre agosto de 2023 e julho de 2024.

Quatro dos cinco setores de atividades analisados mostraram resultados positivos na geração de empregos no período: serviços (287 mil), comércio (87 mil), indústria (80 mil) e construção civil (67 mil). Apenas na agricultura houve registro negativo (-2 mil). (João Frizo - programa de estágio)