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Denúncia

Pai de Santo é acusado de assédio sexual em Salto

Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itu e pelo 2º Distrito Policial de Salto

08 de Abril de 2025 às 15:21
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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os casos estão sendo investigados (Crédito: João Frizo)

Um pai de santo de um centro de umbanda, em Salto, é acusado de assédio sexual por duas mulheres, que registraram boletim de ocorrência no final de março. Embora o caso tenha sido comunicado recentemente, os episódios teriam ocorrido no dia 3 de janeiro e no dia 1 de fevereiro.

De acordo com o primeiro registro, o acusado usou da sua posição de autoridade religiosa para afirmar que o casamento da vítima não ia bem. Durante o atendimento, ele dizia que as "entidades" informavam que eles haviam sido um casal em vidas passadas e precisavam reviver esses momentos. Aproveitando de convites para encontros a sós, ele dizia ter sonhado com a relação deles. Quando a vítima não concordou com essas atitudes, passou a ser maltratada.

Na segunda denúncia, a vítima aceitou um convite para tomar café e, no local, o pai de santo desabafou sobre o seu relacionamento. Ele justificou o encontro dizendo que "Oxalá" (divindade da religião) pediu para ele revelar que estava apaixonado por ela e que deveriam ter relações sexuais. Alegou que, quando a entidade coloca esse desejo em seu coração, ninguém pode impedir. Assustada, a mulher deixou o local chorando.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o acusado entrou em contato e implorou para que ela não contasse o que havia acontecido, pois, se alguém soubesse, a reputação dele seria destruída. Inconformada, a mulher procurou as amigas que frequentavam os cultos para relatar o ocorrido, mencionando que não era a primeira vez que o autor usava sua posição religiosa para tentar ter relações com as filhas de santos.

O advogado do acusado, em contato com o Cruzeiro do Sul, alega que seu cliente tomou conhecimento das denúncias após ser hostilizado dentro do terreiro, quando cerca de 15 pessoas, na noite do dia 24 de março, o ameaçaram e jogaram bebidas no local. Após o ocorrido, ele registrou um boletim de ocorrência e ficou sabendo das denúncias de assédio. O advogado afirma que as informações foram distorcidas, garantindo que seu cliente jamais utilizou sua autoridade religiosa para benefício próprio.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itu e pelo 2º Distrito Policial de Salto, que seguem empenhados em esclarecer os fatos. Além disso, foi ressaltado que mais detalhes não serão divulgados para preservar as vítimas, devido à natureza das ocorrências.