Economia
Cesta básica sorocabana sobe 1,18% no mês de setembro
Há produtos com queda de preço no período analisado, como o leite longa vida
O preço da cesta básica sorocabana em setembro, quando comparado com o mês anterior, agosto de 2022, apresentou uma alta de 1,18%, passando de R$ 1.089,49 para R$ 1.102,31, ou seja, R$ 12,82, pagos a mais pelo consumidor. Os produtos que mais contribuíram para o aumento no período foram a cebola (14,33%), o frango (13,52%), o extrato de tomate (13,03%), a muçarela fatiada (6,51%) e a batata (6,40%).
Em contrapartida, os produtos que apresentaram maiores quedas foram: o leite longa vida (-13,60%), o creme dental (-6,44%), o óleo de soja (- 4,76%), a água sanitária (-3,53%) e o sal (-3,13%). Para tentar economizar, os consumidores têm optado por comprar alimentos nos chamados atacarejos, onde, em média, os produtos são 12% mais baratos em relação ao que é comercializado nos supermercados.
Em agosto de 2022, a cesta básica sorocabana apresentou queda de 2,34%, cotada a R$ 1.089,49. Mas no mês passado (setembro) apresentou novamente uma alta de 1,18%, cotada a R$ 1.102,31. Segundo o coordenador da pesquisa, o professor e economista Marcos Antonio Canhada, em termos de tendência, a conclusão é que, apesar das oscilações percebidas, desde maio, houve uma tendência de
estabilidade nos preços da cesta básica sorocabana.
“Apesar dessa tendência, a alta do preço da cesta básica em setembro de 2022 (1,18%) foi em sentido contrário ao resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou queda de -0,37%. Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais caros, enquanto os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15, ficaram mais baratos”, afirma Canhada.
A pesquisa é a realizada mensalmente pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), cujo coordenador é o professor Renato Vaz Garcia.
Frango e cebola puxam alta
De acordo com a pesquisa, dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 14 deles apresentaram alta no preço em setembro de 2022. Entre os itens que apontaram maiores altas, a cebola (14,33%) foi o primeiro com maior alta, passando de R$ 6,28 (o quilo) em agosto para R$ 7,18 em setembro. A principal explicação para a alta de preço do item esta associado a menor oferta ao longo deste ano, por efeito de clima adverso.
Em seguida, o frango foi o segundo item com maior alta de preço (13,52%), passando de R$ 10,28 (o quilo) em agosto para R$ 11,67 em setembro. O motivo para o aumento está relacionado aos custos elevados de insumos, que acabam sendo repassados para os produtores de aves, e também pela maior demanda em substituição à carne de bovina.
Em terceiro lugar ficou o extrato de tomate (13,03%), que passou de R$ 4,76 (370g) em agosto para R$ 5,38 em setembro.
Queda de preços
Por outro lado, o leite longa vida foi o produto que mais sofreu queda de preço no mês passado, depois de ter sofrido vários aumentos e assustar os consumidores. Em setembro de 2022, o leite foi o produto da cesta básica sorocabana que teve a maior queda no preço: (-13,60%), passando de R$ 6,47 (o litro) em agosto para R$ 5,59 em setembro. Conforme a pesquisa, o leite longa vida vem apresentando quedas de preço nos dois últimos meses, por conta de reestabelecimento da oferta, depois de sequência de altas significativas.
Em seguida, apresentaram maiores quedas: o creme dental (-6,44%), que custava R$ 4,19 (90g) e baixou para R$ 3,92 no período. O óleo de soja (-4,76%), passando de R$ 9,45 (900 ml) em agosto para R$ 9,00; a água sanitária (-3,53%) de R$ 5,67 (2L) para R$ 5,47 e o sal (-3,13%), de R$ 2,56 (o quilo) para R$ 2,48 em setembro.
Dicas de economia
Para economizar, os consumidores recorrem aos atacarejos, que ganham cada vez mais espaço entre os consumidores. Mesmo sem comprar em grandes quantidades do mesmo produto, é possível conseguir descontos maiores em mais de uma unidade do mesmo item. É o que tem feito o casal Naide Luchezi, 63 anos, e Jonas Constantino, 66 anos. “Os preços dos alimentos estão muito caros. Então, nos atacarejos, a gente ainda consegue economizar um pouco mais. Nos supermercados comuns compensa somente os produtos em promoção”, afirma Naide. (Ana Claudia Martins)
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