Violação
PF indicia ex-assessor de Moraes por vazamento

A Polícia Federal indiciou o perito Eduardo Tagliaferro pelo vazamento de conversas de servidores dos gabinetes do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A PF imputa a Tagliaferro o crime de violação de sigilo funcional com dano à administração pública. Ele foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Procurado pelo Estadão, o advogado Eduardo Kuntz, que representa o perito, reiterou que ele não foi o responsável por repassar as conversas. “Meu cliente reitera, categoricamente, que não foi responsável pelo suposto vazamento”, disse o advogado.
Pedido de prisão
Moraes pediu para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisar um pedido de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta obstrução de justiça. Moraes deu um prazo de cinco dias para uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não foi atendido.
Os autores do pedido de prisão enviado ao STF são a vereadora do Recife Liana Cristina (PT) e Victor Fialho Pedrosa, servidor do gabinete dela. Os dois argumentam que Bolsonaro cometeu os crimes de obstrução de justiça, organização criminosa e incitação ao crime ao convocar apoiadores para a manifestação realizada na Praia de Copacabana no último dia 16.
O pedido de Moraes foi encaminhado para a PGR no dia 18, logo, o prazo de uma devolutiva de Gonet foi encerrado no dia 23. Até esta quarta-feira, 2, não foi enviado um parecer por parte do procurador-geral. O Estadão procurou a defesa do ex-presidente, mas não obteve retorno. (Estadão Conteúdo)