Em queda!
Cesta básica sorocabana cai 2,34% e gera economia de cerca de R$ 26
Nos supermercados, porém, os consumidores continuam reclamando dos preços dos alimentos
O preço da cesta básica sorocabana apresentou queda de 2,34%, em agosto de 2022, em comparação com o mês anterior; o valor ficou em R$ 1.089,49. Para o consumidor, isso representa R$ 26,13 pagos a menos no mês de julho. Os produtos que mais contribuíram para a redução no valor da cesta básica sorocabana foram a batata (-12,62%), o extrato de tomate (-9,16%) e a água sanitária (-8,55%). No mesmo período, no entanto, os alimentos que tiveram as maiores altas foram a farinha de trigo (9,03%), a farinha de mandioca (6,86%) e o biscoito água e sal (6,48%).
Vale lembrar que a cesta básica, na cidade, havia apresentado alta de 2,59% no mês de julho, após queda de 2,30% em junho.
Nos supermercados, os consumidores reclamam dos preços dos alimentos. Porém, quem pesquisa consegue economizar: o levantamento aponta diferença de preços de até 105% em supermercados com vendas online em Sorocaba.
Segundo a pesquisa, os grupos que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em agosto de 2022, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (-2,71%), limpeza (-2,01%) e higiene pessoal (1,83%). Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 19 deles apresentaram queda no preço, no período analisado.
Entre os itens que apontaram maiores quedas, primeiro vem a batata (-12,62%), passando de R$ 6,26 (o quilo) em julho para R$ 5,47 em agosto. Para o coordenador do estudo mensal, professor e economista Marcos Antonio Canhada, a principal explicação para a redução do valor da batata se deve ao tempo seco e às altas temperaturas, que acabaram acelerando o processo de maturação do produto e, consequente, um excedente de oferta, pressionando o preço para baixo.
Em seguida, o extrato de tomate foi o segundo item com maior queda de preço (-9,16%), passando de R$ 5,24 (unidade de 370g) em julho para R$ 4,76 em agosto. “A principal explicação foi a queda do valor do seu principal insumo, o tomate, causando redução consequentemente no valor do produto”, afirma Canhada.
Em terceiro lugar ficou a água sanitária (-8,55%), que passou de R$ 6,20 (2 litros) em julho para R$ 5,67 em agosto. Em quarto lugar ficou o sabão em barra (-7,98%), passando de R$ 13,04 (pacote com 5 unidades), em julho, para R$ 12, em agosto. Em quinto, o detergente (-6,96%), passando de R$ 2,30 (500ml), em julho, para R$ 2,14, em agosto.
Canhada ressalta ainda que os produtos que mais contribuíram para a queda do custo da cesta básica sorocabana no mês passado, ainda que de forma ponderada e considerando o peso do consumo mensal, foram: a carne de 1ª (-4,20%), a carne de 2ª (-3,71%), o frango (-4,46%) e o óleo de soja (-5,69%).
Para o consumidor, a queda nos preços ainda é pouco sentida na hora de pagar a conta. A aposentada Margarida Frias Pina, 68 anos, afirma que os alimentos só sobem. “Está subindo muito e o pior é que o salário não sobe igual. Não acho que tem algum produto baixando, pelo contrário, está tudo muito caro. O leite subiu muito, o pão também subiu, as carnes, tudo”, reclama. Para ela, o único jeito de fugir de tantos aumentos nos preços dos alimentos é comprar o que está em promoção.
Alimentos que subiram
Dentre os produtos que apresentaram as maiores altas de preços, a farinha de trigo (9,03%) foi a campeã no período, ou seja, a que mais subiu, passando de R$ 5,87 (o quilo) em julho para R$ 6,40 em agosto. Em seguida, a farinha de mandioca (6,86%), passando de R$ 4,23 (500g) em julho para R$ 4,52 em agosto. O biscoito água e sal subiu 6,48%, passando de R$ 3,24 (200g) em julho para R$ 3,45 em agosto. O sabão em pó teve aumento de 6,42%, passando de R$ 11,21 (o quilo) em julho para R$ 11,93 em agosto e o absorvente (6,07%), passando de R$ 4,28 (pacote com 8 unidades) em julho para R$ 4,54 em agosto.
A pesquisa mensal dos preços dos produtos da cesta básica sorocabana é realizada pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade de Sorocaba (Uniso). A coordenação do laboratório é do professor Renato Vaz Garcia.
Preços variam até 105%
A velha tática bem conhecida pelos consumidores para economizar ainda é a pesquisa de preços entre vários estabelecimentos. No caso dos alimentos, em Sorocaba, o mesmo produto chega a ter uma diferença no valor de até 105%. Foi o que mostrou a pesquisa realizada em supermercados com vendas online na cidade, como, por exemplo, no caso do tomate.
No último dia 30 de agosto, um quilo de tomate custava R$ 3,90 no local mais barato e R$ 7,99 no lugar mais caro, ou seja, variação de 105%. Já o quilo do sal sofreu variação de 78% no mesmo dia. Sendo encontrado pelo menor valor de R$ 1,56 e um pouco mais caro por R$ 1,99. O maior valor chegou a R$ 3,55.
Em terceiro lugar, o vinagre de álcool (750 ml) teve variação de 63% na data pesquisada, podendo ser encontrado em três diferentes valores: R$ 1,50, R$ 2,39 e R$ 3,89. O pacote com oito unidades de absorventes também teve a mesma variação de 63%, com o produto sendo vendido a R$ 2,50, R$ 3,99 e R$ 6,49.
O alho (200 gramas) sofreu variação de 60% (R$ 3,01, R$ 4,98% e R$ 7,99) e a carne suína de 1 quilo (tipo paleta) a variação, na mesma data, foi de 58%, com preços de R$ 9,20, R$ 15,79 e R$ 24,99. (Ana Claudia Martins)