Sorocaba
Preço da cesta básica sorocabana teve queda de 5,80% em outubro, diz pesquisa
Do total de 34 produtos, 25 deles apresentaram queda no preço no mês passado; queijo, frango e alho foram os que mais baixaram
O preço da cesta básica sorocabana em outubro de 2022 trouxe um pequeno alívio para o bolso consumidor por conta da queda de 5,80% na comparação com o mês anterior (setembro). O valor passou de R$ 1.102,31 para R$ 1.041,90, ou seja, R$ 60,41, pagos a menos pelo consumidor.
Dos 34 produtos que compõem a cesta básica sorocabana, 25 deles apresentaram queda no preço no mês passado. Entre os alimentos que mais sofreram redução de preço, o queijo fatiado, do tipo muçarela, foi o que mais baixou no período (-19,15%), passando de R$ 60,88 (o quilo) em setembro para R$ 49,22 em outubro.
Apesar da queda na comparação com o mês anterior, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (outubro/2021), o preço da cesta básica sorocabana teve um aumento de 5,52%, o que representa R$ 54,53 pagos a mais pelo consumidor.
A queda do preço da cesta básica em outubro de 2022 (-5,80%) foi em sentido contrário ao resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 0,16%. Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais baratos, enquanto os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15, ficaram mais caros.
De acordo com a pesquisa, em outubro de 2022, os produtos que tiveram as maiores quedas de preços foram: a muçarela fatiada (-19,15%), o vinagre (-15,85%), o frango (-14,14%), o alho (-11%) e o sabão em pó (-8,30%).
Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores altas foram: o papel higiênico (13,97%), a farinha de mandioca (12,98%), o detergente (7,55%), o sabão em barra (7,37%) e a batata (5,84%).
Os grupos de bens que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, no mês passado, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (-6,31%), limpeza (-0,22%) e higiene pessoal (0,46%).
Além disso, os alimentos que mais contribuíram para a queda do custo da cesta básica, de forma ponderada, considerando o peso do consumo mensal, foram: a carne de primeira, a muçarela fatiada, o frango, a carne de segunda e a linguiça fresca.
25 produtos tiveram queda de preço
Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, no total, 25 deles apresentaram queda no preço em outubro de 2022, sendo a muçarela fatiada (-19,15%) o que teve a maior redução de preço. A principal explicação está associada à queda de preço de seu principal insumo, o leite, que também sofreu redução no ultimo mês.
Em seguida, o vinagre foi o segundo produto com maior queda de preço (-15,85%), passando de R$ 2,65 (embalagem de 750ml) em setembro para R$ 2,23 em outubro. No mesmo período, em terceiro lugar ficou o frango (-14,14%), que passou de R$ 11,67 (o quilo) para R$ 10,02. A principal explicação para a queda do valor se deve ao aumento da oferta do produto, puxando o preço do item para baixo.
Em quarto lugar ficou o alho (-11%), passando de R$ 6,00 (200g) para R$ 5,34. E em quinto lugar, o sabão em pó (-8,30%), que passou de R$ 12,05 (o quilo) para R$ 11,05.
A pesquisa é realizada mensalmente pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade de Sorocaba (Uniso), sob a coordenação dos professores Renato Vaz Garcia e Marcos Antonio Canhada.
Estabilidade nos preços
Embora a queda no preço dos alimentos da cesta básica sorocabana seja de 5,80%, os consumidores afirmam que perceberam uma leve estabilidade nos preços e queda nos produtos derivados do leite, como queijos e o próprio leite longa vida.
Para o aposentado Antonio Lino Bastos, 75 anos, os alimentos subiram bastante anteriormente e começaram a apresentar uma leve estabilizada. “Como não faço almoço em casa não costumo comprar arroz e feijão, por exemplo. Os preços dos alimentos subiram bastante e agora começaram a estabilizar. Para economizar a gente busca as promoções e os preços mais baixos”, afirma.
Já o técnico em eletrônica, Elias Boaventura, disse que sentiu uma pequena baixa nos preços dos alimentos. “O preço das carnes subiu bastante e agora a gente percebe uma queda nos alimentos de derivados do leite”, afirma. Para economizar ele tem preferido fazer compras nos chamados atacarejos, que são os supermercados que vendem no atacado e no varejo. (Da Redação)