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Educação

A importância da educação infantil para o desenvolvimento dos filhos

É na primeira infância que as habilidades cognitivas, sociais, emocionais e físicas são desenvolvidas. O ambiente escolar também estimula o amadurecimento infantil por meio das atividades lúdicas, sejam de linguagens ou motoras

02 de Agosto de 2024 às 22:30
Beatriz Falcão [email protected]
O ambiente escolar também estimula o amadurecimento infantil por meio das atividades lúdicas, sejam de linguagens ou motoras
O ambiente escolar também estimula o amadurecimento infantil por meio das atividades lúdicas, sejam de linguagens ou motoras (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Os anos iniciais da vida de uma criança são fundamentais para o seu crescimento. Muito além das primeiras palavras e dos primeiros passos, é o momento de descobertas e aprendizados que vão acompanhá-la durante toda a sua trajetória. É na primeira infância que as habilidades cognitivas, sociais, emocionais e físicas são desenvolvidas e, neste cenário, a educação infantil representa um papel essencial.

“É na escola que adquirimos as nossas habilidades sociais, no aguardar a vez, no compartilhar o espaço, a aprendizagem por meio da imitação, quando a criança percebe o outro eu realizando e tenta imitá-lo. A socialização está ligada diretamente no emocional, na capacidade de relacionar com outro ambiente e outras pessoas”, explica a terapeuta Júlia Carvalho. “E do zero aos cinco anos ocorre a maior parte do desenvolvimento cerebral”.

O ambiente escolar também estimula o amadurecimento infantil por meio das atividades lúdicas, sejam de linguagens ou motoras. Na sala de aula, as crianças desenvolvem independência e autoconfiança, aprendendo a tomar decisões, a assumir responsabilidades e lidar com desafios de maneira construtiva.

Gabriel Kataoka, de 3 anos, está no maternal I do Colégio Politécnico mantido pela Fundação do Amaral (FUA). Para a sua mãe, Ângela Kataoka, a educação infantil foi crucial para o desenvolvimento social. “As atividades de cores, formas, letras, números, inglês e as aulas de educação física, judô e musicalização são muito importantes para seu crescimento”, afirma.

Além do desenvolvimento infantil, Ângela percebe que o filho está mais acostumado ao ambiente escolar. Na volta às aulas, nesta quinta-feira (1º), Gabriel estava empolgado para reencontrar os amigos e os professores. “Ele já deixou a mochila preparada”, relata a mãe.

Diagnóstico precoce

Júlia Carvalho acompanha de perto o desenvolvimento de muitas crianças e ressalta a importância de um olhar atento nesta fase, principalmente eventuais para atrasos cognitivos, físicos ou em outras habilidades.

“Por exemplo, se a criança com quatro meses não estabelece contato visual, ou quando a partir dos 12 meses demonstra baixo tônus muscular facial e ainda não expressa as primeiras palavras, são sinais de um possível atraso”, esclarece a profissional. “Estes pontos nós conseguimos observar quando a criança está exposta ao ambiente escolar”.

Quando a criança possui um atraso cronológico no desenvolvimento infantil, é necessária uma atenção especial. Segundo Júlia, a orientação é o encaminhamento para a terapia ocupacional para estimular os aspectos em questão, uma vez que são necessários para seguir a vida com mais independência e autonomia.

Educação infantil em casa

As atividades de desenvolvimento infantil não precisam se limitar somente às salas de aula, muito pelo contrário, Júlia até recomenda. “Do zero aos cinco anos é o momento de brincar, a participação dos pais nesta fase é uma grande ajuda, pois esperar apenas da escola é difícil”, aponta.

Para a primeira infância, jogos com estímulos cognitivos são os mais indicados, principalmente com encaixe e emparelhamento. Livros com muitas imagens e texturas também são indicados pela terapêutica, uma vez que trabalham com a linguagem e comunicação. A habilidade motora, por sua vez, pode ser incentivada com atividades de circuitos.

“É possível trabalhar o desenvolvimento em momentos do dia a dia também, por exemplo, na hora do banho”, sugere Júlia. “Os pais podem perguntar para seus filhos onde estão os pézinhos e as mãozinhas. É claro, essas atividades demandam um certo tempo, mas são momentos valiosos para a criança”, finaliza.

 

 

 

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