Educação
Experimentos em sala de aula: aprendizagem prática e divertida
Alunos desenvolvem habilidades investigativas, aprendem a trabalhar em equipe e despertam o interesse pela pesquisa e inovação

A ciência é uma disciplina fascinante que permite compreender o mundo ao redor. No entanto, muitas vezes os conceitos científicos podem parecer abstratos e distantes para os estudantes, dificultando a sua compreensão e interesse. É nesse contexto que o experimento científico desempenha um papel fundamental na educação, trazendo a ciência para a vida real e proporcionando uma aprendizagem prática e divertida.
A prática científica é uma forma empolgante e eficaz de envolver os estudantes no processo de aprendizagem. Por meio dessas atividades práticas, os alunos têm a oportunidade de explorar conceitos científicos de maneira interativa e envolvente. No Colégio Politécnico de Sorocaba os alunos dos 8 anos aprenderam na prática sobre construção de um termômetro e sobre diferentes tipos de fonte de energia.
Despertando a curiosidade e desenvolvendo habilidades, os estudantes dos 8 anos do Poli Alto da Boa Vista tiveram uma experiência prática e enriquecedora durante as aulas de ciências ao construírem um termômetro. “A atividade permitiu que os alunos aplicassem estratégias do método científico, observando fenômenos físicos na prática, analisando hipóteses e chegando a conclusões tanto individuais quanto coletivas”, conta a professora Camila Maiello Falla. “Esse tipo de experiência não apenas reforça o aprendizado teórico, mas também estimula o pensamento crítico, a autonomia e a capacidade de resolver problemas.”
Ainda segundo ela, a experimentação é essencial no ensino de ciências, pois transforma o conhecimento abstrato em algo concreto e palpável. “Por meio dessas vivências, os alunos desenvolvem habilidades investigativas, aprendem a trabalhar em equipe e despertam o interesse pela pesquisa e inovação”, afirma. “Além disso, ao verem os conceitos se materializando diante de seus olhos, compreendem melhor os processos naturais e sua aplicação no dia a dia.”
A aluna Bianca Ayumi achou a experiência incrível, com bastante interação e aprendizado. “Achei bem legal a experiência. Pegamos a garrafa, enchemos com água gelada. Após isso, adicionamos corante rosa e álcool. Colocamos o canudo dentro da garrafa e a massinha em volta para deixar o canudo preso e firme. Passado um tempo, a água que estava rosa ficou abaixo do álcool, que significava que a temperatura havia aumentado. Este foi o resultado da experiência, confeccionando um termômetro”, explica.
As atividades consolidam os conteúdos estudados e também incentivam a curiosidade científica, bem como a busca pelo conhecimento, elementos fundamentais para a formação de cidadãos críticos e engajados com o mundo ao seu redor.
Unidade Centro
Na unidade Centro do Colégio Politécnico, os alunos do 8º ano aprenderam sobre os diferentes tipos de fontes de energia. Conforme a professora Renata Carrara, o tema abordado para a experiência foi “Fontes de Energia e Geração de Energia Elétrica”. O objetivo era proporcionar uma compreensão mais profunda sobre os diferentes tipos de fontes de energia, suas implicações ambientais e sua importância para a sociedade humana.
“Os alunos foram divididos em grupos, com a missão de realizar pesquisas detalhadas sobre as diversas fontes de energia, tanto renováveis quanto não renováveis. Para isso, cada grupo ficou responsável por explorar um tipo de fonte energética, investigando suas características, vantagens e desvantagens, como a energia solar, eólica, hidráulica, biomassa, petróleo, gás natural e carvão”, detalha a professora.
Além disso, acrescenta Renata, cada grupo analisou as causas ambientais relacionadas ao uso dessas fontes, como os impactos no meio ambiente, nas mudanças climáticas e nos ecossistemas, buscando uma reflexão crítica sobre os desafios enfrentados na transição para fontes mais sustentáveis.
Apresentação das descobertas
A pesquisa também abordou as utilidades das fontes de energia no cotidiano humano, destacando como a energia elétrica, por exemplo, é crucial para o funcionamento de residências, indústrias, transportes e diversas outras atividades.
Ao fim das pesquisas, os alunos apresentaram suas descobertas em sala de aula, promovendo um espaço de debate e troca de ideias. “Complementando o conteúdo teórico, a atividade contou com experimentos práticos para ilustrar os tipos de eletrização. Trouxemos materiais para a sala de aula e os alunos realizaram atividades para compreender os fenômenos de eletrização por atrito, por contato e por indução”, destaca a professora Renata.
Por meio de experimentos simples e lúdicos, como a utilização de balões e pedaços de tecido, os estudantes observaram como os corpos podem adquirir cargas elétricas e como essas cargas interagem, criando uma conexão entre teoria e prática, complementa a docente do Colégio Politécnico.
A aluna Letícia Silva Lucarello contou um pouco da experiência que teve e o aprendizado. “ Existem vastos métodos para a geração de energia elétrica no Brasil: energia eólica, energia hidrelétrica, energia solar e a biomassa. Foi mencionado com muita clareza como fontes de energia não-renováveis são prejudiciais ao meio ambiente: carvão mineral, petróleo, gás mineral e energia nuclear”, observa.
A estudante ainda lembrou de fatos divertidos que envolvem as energias não-renováveis. Por exemplo: o carvão mineral era a principal fonte de energia no século 19 — agora é o petróleo. O gás natural tem origem semelhante a do petróleo e é composto por metano e hidrocarbonetos que consistem em hidrogênio e carbono.
Letícia conta também que a energia nuclear se origina de duas formas: por fissão (quando um átomo se divide) ou por fusão (quando dois ou mais átomos se unem). “A energia nuclear também pode causar alterações nos corpos de seres vivos. Eu, pessoalmente, repetiria esse tipo de atividade. Tenho prazer em tarefas que envolvem pesquisa e apresentação, um aprendizado prazeroso”, declara.
Princípios da eletricidade
A professora Renata Carrara alega que a experiência permitiu que os alunos não apenas adquirissem conhecimento sobre as fontes de energia e a geração de energia elétrica, mas também compreendessem, de maneira prática, os princípios da eletricidade que estão por trás de muitos dos fenômenos observados no dia a dia.
Para ela, o envolvimento em atividades práticas também despertou nos alunos o interesse pela ciência de forma mais profunda e aplicada. “Ao fim da atividade, foi possível perceber uma evolução significativa no entendimento dos alunos sobre a importância das fontes de energia e como suas escolhas podem influenciar o futuro do planeta, além de terem se divertido ao realizar os experimentos que ilustraram conceitos científicos fundamentais”, finaliza.
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