Infraestrutura
Castelinho ainda aguarda definição de faixas adicionais
Obras na rodovia não têm previsão de data para serem iniciadas

A rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-75), mais conhecida como Castelinho, é uma das principais vias de acesso a Sorocaba, e aguarda há tempos faixas adicionais na pista dupla entre Sorocaba e Itu. Mas mesmo com o anúncio da nova gestão da CCR Sorocabana, que assumiu 17 rodovias paulistas no domingo (30), as obras ainda não têm previsão de acontecer. A informação é do gerente executivo de obras, Maurício Caversan. “Fechando o planejamento, a expectativa do início das obras é o quanto antes, mas seguindo sempre o que o edital reflete”, explica. “Temos conhecimento operacional da situação viária da rodovia, estamos atentos quanto a isso.”
A previsão inicial é de que sejam construídos 31,3 quilômetros de faixas adicionais na Castelinho. Mudanças na Castelinho são reivindicações antigas feitas pelos motoristas que utilizam a via diariamente, conforme matérias publicadas anteriormente. Quem passa por ali sofre com os congestionamentos em alguns trechos nos períodos da manhã e no fim da tarde. Rafael Benini, secretário de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo, confirma que uma passarela será instalada, mas não deu uma data precisa.
João Carlos Leite da Cruz, 57 anos, aposentado, mora no bairro Iporanga desde 1992, aguarda com ansiedade as faixas adicionais. “Vai resolver um problemão que todos temos aqui, que é a falta de segurança. Tem muito acidente aqui por causa da quantidade de veículos. Essas faixas vão ajudar a resolver isso”, explica. Ele mora em uma casa na estrada do Ferraz, que margeia a rodovia. Grande parte dos moradores só têm acesso ao bairro com o ônibus Castelinho/Aparecidinha e o Hollingsworth.
Histórico
Em 1968, quando a rodovia Castelo Branco (SP-280) foi inaugurada, não havia acesso direto a partir de Sorocaba. Isso foi solucionado em 1974, com a construção da rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho. A rodovia cresceu, “absorveu” outras, e liga os municípios de Sorocaba, Itu, Salto, Indaiatuba e Campinas. Ao todo, tem 77,6 km de extensão e recebe diversos nomes ao longo de seu trajeto. A duplicação foi concluída em 1990 pelo Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), mas foi apenas em 2010, com a conclusão de 1,8 quilômetro na região de Salto, que a obra foi finalizada.
A CCR Sorocabana será responsável pela gestão de 460 quilômetros de rodovias estaduais paulistas além da Castelinho: trechos da Castelo Branco (SP-280), Raposo Tavares (SP-270) e João Leme dos Santos (SP-264). Também fazem parte do trecho sob concessão as rodovias SP-79, incluindo Raimundo Antunes Soares (Votorantim-Piedade), Padre Guilherme Hovel-Svd (Piedade-Tapiraí) e Tenente Celestino Américo (Tapiraí-Juquiá), e da SP-250, composta pelas rodovias Bunjiro Nakao (Vargem Grande Paulista-Piedade), José de Carvalho (Piedade-Pilar do Sul) e Nestor Fogaça (Pilar do Sul-São Miguel Arcanjo).
Ao longo dos próximos 30 anos, estão previstos investimentos de R$ 8,8 bilhões em melhorias viárias, incluindo ampliações, implantação de faixas adicionais e novas passarelas, além de aprimoramentos na infraestrutura com inovação tecnológica e segurança viária. As faixas adicionais da Castelinho estão nesse planejamento.