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Coaf relata 'movimentações financeiras atípicas' de agentes da Prefeitura de Sorocaba

30 de Julho de 2019 às 07:00

Movimentações financeiras atípicas relatadas pelo Coaf referem-se a agentes e ex-agentes do primeiro escalão do governo. Crédito da foto: Erick Pinheiro/Jornal Cruzeiro do Sul

Agentes e ex-agentes públicos do primeiro escalão da Prefeitura de Sorocaba, investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, teriam tido movimentações financeiras atípicas. As informações teriam sido levantadas durante o decorrer da investigação da operação Casa de Papel junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Há um inquérito que tramita na Justiça em segredo e que cita as operações.

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Conforme apurou o jornal Cruzeiro do Sul, o relatório de inteligência do Coaf apontou movimentações suspeitas de alguns dos investigados, bem como de ao menos uma das empresas citadas na investigação. O inquérito que trata da questão está com pedido de prazo no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Um dos objetos desse procedimento é a lavagem de dinheiro. De posse desse relatório do Coaf, teriam sido efetuadas a quebra do sigilo fiscal e bancário de alguns dos investigados da operação.

O relatório do Coaf teria sido emitido antes da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de restringir a medida somente em situações em que há acompanhamento e autorização do Poder Judiciário. O ministro Dias Toffoli suspendeu no dia 16 deste mês investigações com dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras e da Receita Federal, sem autorização judicial. Não há informações se a decisão de Toffoli afeta a situação da investigação iniciada em Sorocaba.

Questionada pelo Cruzeiro do Sul na segunda-feira (29), a Prefeitura de Sorocaba informou que tomou conhecimento do fato por meio da reportagem e, como não teve acesso ao documento oficial não iria se manifestar. O Executivo também comentou sobre o projeto de evolução patrimonial dos servidores públicos, que segundo a municipalidade, não terá a função de acompanhar movimentações financeiras em caráter simultâneo de agentes públicos, mas somente se o patrimônio declarado no início do exercício do cargo não guarda desproporcionalidade com os ganhos percebidos.

“O projeto está em fase final de criação e temos a previsão de que no mês de agosto/19 será concluído para início dos testes. Deve ser considerado ainda a grande quantidade de servidores envolvidos e a necessidade de que sejam esclarecidas todas as dúvidas eventualmente surgidas”, conclui a nota da Prefeitura. (Marcel Scinocca)